ANNE - O INÍCIO DE SUA HISTÓRIA

Ela era simples e sem muitas pretenções, teve uma infância pobre mas conseguiu estudar e terminar o ensino fundamental. Seu pai faleceu quando tinha ainda 16 anos, dois anos depois ela perde a mãe. Era filha única. Foi morar com uma tia na capital deixando a cidadezinha do interior. Em pouco tempo conseguiu um emprego. Namorou alguns rapazes mas a sua paixão verdadeira foi Roberto, um rapaz que trabalhava numa empresa ligada ao ramo farmacêutico. Três anos entre namoro e noivado foi o suficiente para que assumissem o compromisso do casamento.

A vida de Anne pode-se dizer que foi uma das melhores, já estava casada há pouco mais de cinco anos e não tivera filhos, sua união com Roberto começou a ir mal, ela se sentia sozinha quando ele resolvia viajar, segundo dizia, era a negócios da empresa onde trabalhava. O compromisso matrimonial foi se fragmentando, as brigas tendo início, mas até aí nada denontava que ele pudesse ter outra. Muitas vezes saía com amigos para as farras e isso também era motivo para as desavenças. Anne tinha o seu bom emprego e resolveu que não precisava passar pelo que estava passando e teve uma conversa séria com o marido. A princípio ele não queria a separação, ela também sentia que esse poderia não ser o caminho certo, mas depois de algumas conversas Roberto acabou cedendo e aceitou a separação. Ela ficou na casa e ele foi morar em outro imóvel de sua propriedade. Sozinha permaneceu sem se interessar por outro homem, imaginava um dia, depois de uma boa reflexão, reatar esse relacionamento.

O pensamento no ex-marido ficou latente em sua mente, pensava nele, é verdade, mas estava se acostumando com a solidão, seu trabalho lhe dava uma certa satisfação apesar de se esforçar muito, o que a deixava muitas vezes exausta, até que numa certa tarde quando largou mais cedo do serviço e chegou em casa sem muita coragem, desabou na cama sem antes tomar um banho para se refrescar e refrescar a mente. Estava muito cansada e queria apenas alguns minutos de repouso antes de seguir para o banheiro. Sua mente começou a ficar confusa quando percebeu a luz do abajur cismar de brincar com ela. Com a cortina da janela fechada ela viu a tonalidade da luz ser alternada, ora aumentava um pouquinho, ora enfraquecia, o que a deixou perturbada. Mas como estava muito exausta não ligou muito, nem quando o abajur apagou completamente. Nesse momento ela adormeceu e o resto da história quem leu os dois últimos contos sabe o que aconteceu com Anne.

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 04/06/2022
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