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O vigário não esperava aquela visita naquele horário. Já passavam das 23 horas e um homem vestido de branco com um embrulho nas mãos, batia à porta. O reverendo assustado, colocou o seu roupão e foi de encontro ao homem que batia. Ainda na porta, conversaram em voz baixa quando o padre sugeriu que o enfermeiro entrasse.

 

- Não sei como a moça se chamava. Só sei que faleceu durante o parto e pediu que o entregasse a criança.

- Como pediu que me entregasse a criança, se falaceu no parto? Quem era a moça?

- Padre, ela pediu antes. Caso algo acontecesse com ela. Mas não sei o seu nome. Ela foi para uma clínica clandestina. Sinto muito.

- Não posso aceitar isso, meu filho. Se o fizer, farei uma denúncia, cadê a mãe dessa criança?

 

E sugerindo que o homem ficasse com o filho, que acreditava ser dele, fechou a porta, despedindo-se.

 

Leonan, sem saber como agir, pegou os cobertores que usava para dar aos moradores de rua em dias frios de inverno, guardados no carro e enrolou o bebê, deixando-o, em frente à catedral.

 

Como era de costume, as seis da manhã, as mulheres que rezavam o terço abriam a catedral e para supresa de todas, bem à porta estava um embrulho. Inicialmente pensaram se tratar de uma bomba e foram logo ligar para a polícia, mas na verdade, era um recém-nascido que foi encaminhado para o Departamento de Polícia e Investigação.

 

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Mônica Cordeiro
Enviado por Mônica Cordeiro em 25/05/2022
Reeditado em 25/05/2022
Código do texto: T7523821
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