A Arte, e o Novo tempo 7
O secreto sobre a origem, escrito, ou não, Krishina, a Suprema Personalidade de Deus, manifesta no épico como interventor do mundo Divino que se manifestou, que intrometeria deliberadamente no contexto, não necessariamente estava ocupado com a guerra, mas sim com o arsenal instrutivo que portava, a servir de instrução, aporte a Arjuna para lidar consigo mesmo no combate, o guerreiro perfeito escolhido pelo Senhor da Guerra, para lutar contra o lado oposto, seus primos.
É percebível, no ínterim da narrativa, mesmo para quem leu somente fragmentos do grande Poema Indiano, a identificação do trato diferenciado que os deuses e semideuses atribuíam às mulheres do grupo dos cinco irmão guerreiros. A substancial importância delas nos desfechos delicados ligados ao Clã do lado dos cinco irmãos, aqueles as quais Arjuna foi o destacado para sair como comandante do exército, que sairia vencedor na Batalha.
Das entranhas dos acontecimentos, elas apareciam; apesar das investidas que as subordinavam aos sofrimentos e aos flagelos, corrompiam à ordem nefasta estabelecida, vez outra, a negavam, sublimando verdades, ou mentindo em proteção de segredos, renunciando a si mesmas para manterem-se junto aos parceiros, ou para proteção dos filhos. Usando do encanto e da sedução, atributo natural do gênero, para mudar a rota, os destinos do grupo. Estabelecendo relações sexuais com os deuses e semideuses, tendo filhos destes. Sendo ouvidas por estes.
O feminino. Enigma. Instrumento essencial, que, muitas vezes, no empate do Jogo de Dados entre os homens daquele contexto, dava o xeque mate como terceira interveniente, definindo o Jogo. Mulheres amparadas pelas forças Supra-humanas, que dominavam e gestavam aquele Trama Divino.
O grupo de irmãos, pelas escolhas, causas e consequências ligadas ao Jogo de Dados que participaram no interim da narrativas, uma vez perdendo partidas, passaram a viverem em exílio, como escravos, vez outra, refugiados em terra desértica, camuflando muitas vezes suas identidades para não serem reconhecidos e mortos em territórios estranhos.
Ressurgiam cada vez mais fortes. As adversidades vividas nas saídas dos seus mundos, passando a viverem em lugares inóspitos, levavam a serem resilientes, buscavam meios de sobrevivência. Além da ajuda da Divindade, que acompanhava amiúde os acontecimentos, intervindo quando assim desejavam. Sempre em benefício dos guerreiros irmãos.
De exílio em exílio. De guerra em guerra. Os povos do mundo que sucedeu o mundo indiano antigo, traz a história como resultado, a miscigenação de cultura e conhecimento.
Na medida que a carnificina humana provocada pelas guerras, pelas pestes e pelas doenças, pelas catástrofes naturais que eclodiam ano a ano, século a século, milênio a milênio, faziam os povos do mundo migrarem de um território para outro, seja como escravos ou dominadores, a cultura de mundo ia se metamorfoseando, chegando no indiferenciado deste tempo.
O que deu a movimentação dos povos pelo Egito? E os que passaram pelos Cananeus? pelo Reinado de Salomão? pelo da Babilônia? berço militar, aquela que estava assentada sob o terreno da cultura deixada pela mesopotâmia? que também não ficou trás com seu império econômico, militar e científico? a legislação e o Código de Hamurabi? a Babilônia, representando toda a cultura dos medos e dos persas, dos caldeus, dos Xerxes, Artaxerxes? cultura grega? Helênica? Romana? E as culturas dos povos latino, africano, do índio brasileiro?