DA PAZ, A GATA e PANTERA ( parte 5)

DA PAZ, A GATA e PANTERA ( parte 5)

O juiz autoriza a cobrança, Da Paz acorda, ufa!!! Se lembra do arrepio da Gata quando ele havia segurado a sua mão pela primeira vez. Da Paz enlouquece pira na batatinha, viaja no extrato de tomate sentado na janelinha, o seu ufanismo verde-amarelo vem à tona, a Gata é nada mais nada menos, que um troféu em que ninguém coloca as mãos há um ano. A velha rixa aflora, é um jogo que ele não pode perder, e além do mais ele não precisa só assistir, torcer e sofrer, ele pode decidir o jogo, vencer a partida. E ele decide ir para o ataque.

- Perder pro samurai ainda passa, mas perder pra argentino, nem a pau!

Monta seu esquema tático e estratégico e no dia seguinte, finalmente sai para jantar com a Gata-de-olhos-de-mel, e é claro, ela vai ser a sobremesa. Foi a melhor partida da sua carreira, fez gol de placa, gol de mão, gol de cabeça, entrou com bola e tudo, (verdade que a defesa não oferecia muita resistência, aliás, muito pelo contrário), e ele conquistou o troféu tão ardentemente desejado. No intervalo, olha para a gata deitada ao seu lado, meiga, doce, exausta, encantadora, esbanjando sua juventude, e ele se belisca para ver se acorda.

Mas felizmente não é um sonho, é a mais pura e fantástica realidade, Da Paz é claro, não é mais nenhum jovenzinho, mas tem a vantagem da experiência! A Gata-de-olhos-de-mel está feliz, seu olhar radiante parece um imenso sol banhando tudo com seus raios dourados. Da Paz vai às nuvens, e seu sorriso reflete o brilho daquele sol. Depois daquela noite, o sol nunca mais saiu do seu rosto. A verdade é que as narrativas que dizem respeito ao Da Paz, para a grande maioria das pessoas pode parecer uma grande mentira, por isso relutei um pouco em trazê-las a público. Mas alto lá!

na vida, eu quase nunca menti.

É certo que às vezes invento um pouco, coloco uma frase aqui, crio uma situação ali, mas no fundo, no fundo, a matéria prima da narrativa é totalmente verdadeira. Os fatos realmente aconteceram! Por motivos óbvios (é preciso manter a integridade moral do Da Paz, afinal quem nunca vacilou e não derrapou no gramado dos jogos da paixão?), não posso apresentar provas contundentes, mas, tem muita gente que sabe que estou relatando a verdade!

Mas vamos ao que interessa, depois daquela primeira noite que perpetuou o sol na cara do nosso amigo Da Paz houve sim muitas outras partidas. E levando a sério a frase que diz que: A prática leva à perfeição, Da Paz acreditem ou não estava jogando cada vez melhor, e em plena condição física e técnica. Enfim, para usar um jargão popular do esporte bretão; Ele “tava batendo um bolão!”(continua)

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