AI EU CHORO (BVIW)

                      

Bem, já que a mestra afirmou que o tema foi pro brejo vou usar da minha criatividade  e, livre, leve e solta  usar da palavra, lembrando   um ditado suíço onde afirma que as palavras são como as abelhas, têm mel e ferrão. – A propósito,  sabe porque Deus  deu  ao homem o dom da palavra?  Para que ele possa esconder os seus próprios pensamentos.   O que faz sentido, nem sempre o que falamos é o que  pensamos.

Feito o introito, deixemos de lado os entretantos e partimos para os finalmente”, tendo em mente que, segundo Fernando Pessoa, o poeta é um fingidor.

Dos males do coração que contarei.

Era uma vez,  EU, que não buscava nenhuma panaceia, nenhum genérico, nenhum elixir milagroso, mas sim, algo compatível com e o meu histórico médico, sem efeitos colaterais , consequentemente, que não me fosse contraindicado. Imaginei ter encontrado ledo engano, no achado havia condições que impediam sua prescrição e me foi apresentado a “bula” com as suas precauções e  onde pude constatar que o seu principio ativo não dava margem a uma composição comprovadamente segura, podendo ocorrer reações adversas. Advertida, inteirei-me   dos riscos que corria e só me restou calar diante dos argumentos e esquecer o que convencionei chamar de busca de uma meisinha para cura dos males do  coração.

Ai eu choro...

 

 

 

 

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 19/04/2022
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