SAUDADES, ETERNAS SAUDADES.
Aquele colégio de Freiras, Sagrado Coração de Jesus, ainda são marcas aferrolhadas para aquele jovem sonhador. As saudades ainda lhe batem a alma, quando por aquela pequena janela com pouco espaço de abertura do segundo andar quando ele vislumbrava aquele rosto terno e puro, por entre aquelas pequenas venezianas. La de cima, olhando para baixo aquele jovem sonhador que lhe tocou profundamente, seus Olhos semiabertos o vasculhavam sobre a calçada molhada pela chuva recém caída sob uma uma névoa fina, mas, ainda o divisava apesar da neblina. Seu rosto angelical seus cabelos lisos sedosos e negros, emolduravam-na as faces em franjas lisas, a escorrer pelo seu rosto deixando apenas os olhos amendoados e negros resplandecendo aquela beleza exacerbada. Por vezes, em outras ocasiões naquela mesma janela, ele a divisava com tranças um pouco longas e sonhador, pedia que jogassem-nas reportando-os para o célebre Romeu e Julieta quando em gargalhadas ela se ruborizava toda.
Nas manhãs domingueiras no refeitório após as missas em que ele tocava no colégio, o barulho das xícaras se tocando talheres caindo, conversas palavradas ao vento e em meio a este barulho ele ainda a ouvia e sentia o retumbar dos seus corações o pulsar do amor de ambos. Seus olhares se acomodavam no fundo de suas almas. Alheio a toda aquela reunião das meninas internas, ouvia a sua voz meiga e aveludada a proferir juras de amor eterno aos meus ouvidos em meio aquele borbulhar de pessoas bebericando ao sorver dos seus cafés.
Quando a via por aquele entremear de cortinas azuis daquele palco de espetáculos, em furtar pela sua entrada dos fundo do colégio, ainda recorda do contraste à sua pele alva e macia e nua, emoldurando todo um clímax de amor daquele primeiro ato vivenciados agora nas suas recordações .Seu corpo destacava contrastando com aquele azul celestial das cortinas que bailavam ao sabor do brisa. Seus olhos negros, sua nua pele amornada e macia dos pomos por entre seus dedos, que também vibravam e tremulavam nos seus lábios sedentos em êxtases ávidos e quentes e ardentes, tocados em ambos, enquanto seus corpos embriagados marcavam um amor que seria eterno, se o acaso por acaso, não fosse o descaso de um tempo que os deletou.