Aventuras de um louco VII
Este episódio de "Aventuras de um louco".
Escolherei.
A princípio.
A pasta de 'Crônicas'.
Embora possa se enquadrar em conto.
Conto 'venéreo'.
Ou melhor.
Conto verídico.
Na época em que minha mãe era viva, quanto trabalho eu dava.
Disseram que ela morrera.
Por tanto sofrer.
Certa ocasião.
Fomos passar o período carnavalesco.
Na residência da parentela.
Noutra cidade.
Os jovens alugaram o QG.
Os pais de nenhum dos jovens foram informados da existência do QG.
Simplesmente.
Sumiam uns.
Da residência da parentela.
E,
apareciam.
No QG.
Enquanto outros sumiam.
Do QG
E,
apareciam.
Na residência da parentela.
Lá no QG.
Churrasco, Drogas e Rock in Roll.
Eu.
Arranhava.
(as letras da banda Legião Urbana)
Comia.
(farinha)
Cheirava.
(churrasco)
Era um entra e sai de jovens no QG.
Pra não deixar de fazer sala.
Na residência da parentela.
Um, Dois
Dias...
Seguidos...
Quem arranhava.
Não comia.
Quem comia.
Não cheirava.
Quem cheirava.
Arranhava.
Fora numa destas arranhadas que eu cismei que estaria engasgado.
E não tinha um jovem pra me convencer que não era nada.
Até porque eu só cantava.
Hoje posso afirmar categórico.
Surto psicótico.
Mais um.
Implorei a um dos jovens no QG que me levasse ao hospital.
O médico ao me examinar mandou eu tomar Coca-Cola e comer uma Coxinha.
Insatisfeito com a consulta do plantonista.
Insisti ao jovem que me conduzia na garupa da motocicleta que avisasse à minha mãe como meu último desejo antes de morrer engasgado, que ela cuidasse do meu rebento.
O jovem acelerava a moto acreditando em mim que o convencia que eu iria sufocar.
Até que o jovem parou a motocicleta na porta da casa, da médica otorrino.
Feriado prolongado.
O consultório de otorrinolaringologia estava fechado.
Mas ante a urgência emergência gravidade ansiedade loucura.
Do meu atendimento.
A médica abriu o consultório.
E nos atendeu.
Eu deitei na cadeira da otorrino.
Ela prontamente desobstruiu as vias áreas entupidas de farinha.
Passando analgésico na garganta.
Eu saí de lá pronto pra outra.
Só que a notícia proliferou.
Um jovem engasgado procurando socorro aos berros agitando a cidade.
Estacionei na residência da parentela.
E dromi. (Lembram da conjugação!)
A onda passou.
Mas a loucura...