BOCA DE GARRAFA
A situação se tornou catastrófica. Ele jamais imaginou tal desespero. Todos se entre olhavam. Cada um perplexo a sua maneira. O choro destaca o real cenário da noite. Enfim todos vão embora. Ouve dizer.
- olha a mesa.
A mesa era nova. Os pratos, talheres e guardanapos eram novos. A geladeira maior e elegante era nova. Tudo parecia sonho de consumo. De fato se manteve apenas o consumo tudo mais ruiu.
- o que aconteceu?
- ele quase quebrou meu pé.
- como?
- esse palhaço ordinário metido a lutador quase quebrou meu pé.
- calma vou buscar gelo.
- é a segunda vez que este nojento me machuca.
- coloca este gelo para não inchar.
- última vez ele quebrou minha costela na maldade.
- chega jack, vá dormi.
- ele quase quebrou meu pé.
- o que está acontecendo meu deus!
- ele é lutador esse tipo de golpe é arma branca.
- chega jack!
- vou sair aqui não fico mais. Fiquem com ouro de vocês.
Tudo que aprendeu naquela noite é que não importa o quanto ajude o miserável. Não importa o quanto trate bem. Não importa o respeito que mantém. Não importa se está em sua casa. Não importa se é seu irmão. Se todos lhe acusam - você bebeu - caí por terra toda sua credibilidade, confiança e razão. De qualquer forma prefiro beijar a boca de minha garrafa à beijar mãos e rostos daqueles que me acusam.