O que precisava naquele momento
Ela respirou fundo e virou o martini de uma só vez. Evelin correu até o elevador. Ele ainda estava lá.
Escuta...acho que você está que nem eu...
Querendo aproveitar a própria companhia? Quinn perguntou.
Não. Quer companhia, mas não está sendo uma boa companhia. Frase batida né?
Mas é isso...acho que é...
O elevador chegou e eles entraram. Quinn apertou o seu andar. Evelin apenas o acompanhou em silêncio. Ao chegar no 11 ele ameaçou sair e Evelin ficou parada. Não sabia o que fazer. Quinn sorriu. Ele estava bem sozinho, mas talvez nem todo mundo esteja acostumado a aproveitar os momentos sozinnos. Sorriu para ela. Talvez essa noite eu também precisa companhia.
Evelin, eu tenho uma garrafa de uísque e não to com muita vontade de conversar. Mas sou um bom ouvinte. Quer me acompanhar?
O sorriso dela se abriu. Afastou uma mecha de cabelo do rosto e disse sim.
Foram para o quarto dele. Beberam o uísque temperando com água fria. Aconteceu um beijo ou talvez dois. Mas a noite acabou com os dois conversando no sofá. A verdade era que Evelin precisava desabafar. Sem julgamentos só falar e Quinn era um bom ouvinte.
Ela acabou dormindo bêbada no sofá. Quinn a cobriu com uma coberta e ajeitou sua cabeça com um travesseiro. Foi dormir na cama.
Ele também se sentiu bem. Por ouvir e beber com a garota alemã. As vezes tudo que se precisava para sentir bem era ouvir outra pessoa.
Essa foi mais uma lição aprendida de modo inesperado.
Wesley R. Curumim