Deus mortal - BVIW
Zaia se apaixonou por Assanty assim que o viu, num bistrô requintado e badalado por oficiais da Marinha. Através da silhueta via-se um corpo definido, não pelos exercícios de academia, mas de forma natural. Um deus grego, só que mortal. Ele também notou a presença dela, e a atenção era convidativa. Uma simbiose mais que perfeita. Zaia sentiu algo a mais pelo Cisne Branco, seu coração assumiu o controle e desejou estar nos braços de Assanty. A vontade era maior que a razão, ela tinha que fazer alguma coisa, não podia perder o pai de Maria Antônia. Pela quantidade de álcool ingerido, imaginou que o rapaz sofria de alguma desilusão. Quando ele levantou-se da mesa e começou a dançar, Zaia achou a oportunidade perfeita. Coração a mil, decidiu arriscar-se e, ao dirigir-se à pista de dança, sentiu uma leve sensação de ansiedade, foi quando Assanty tocou levemente o seu braço. Neste momento, com a adrenalina em alta, cedeu às tentações. Não existia mais ninguém ali, só Zaia e Assanty. Um conto de fadas da vida real. Quando ele inclinou-se para falar aos seus ouvidos, Zaia paralisou. – A linda jovem me acompanha? Preciso de ar fresco. Ela muito afoita respondeu: - Sim, claro. Já estava perdendo à esperança. Ele sorriu e disse: - Impressionante como um fumante conhece o outro.