Diário de um endividado 1/4 – missão: se livrar do sogro
- Como você foi capaz de fazer um negócio desses Isidoro?
- Que negócio?
- Não se faça de burro! Você se entope de dívidas, suja o nome de minha filha e ainda ameaça sua segurança Isidoro!
- Na hora eu não tinha escolha.
- É assim? Não tive escolha?
- Seu Malco, estou sem receber a quatro meses...
- Eu sei disso, não vitupere meus ouvidos com suas falácias! Você não é homem não é?
- Sou homem, um homem endividado, com a vida em risco.
- Você? Você não está com a vida em risco, minha filha está correndo perigo!
- O Mercadante não conhece sua residência. Sua filha em sua casa estará segura!
- Aí meu santo protetor dos enrolados! Que espécie de homem você é Isidoro? O Mercadante não conhece minha casa, mas dona Mercadina conhece, e ela fofoca mais que a revista Contigo. Quanto você deve?
- Devo uma quantia considerável, mas que em breve pagarei.
- E vai pagar como? Seu chefe ta preso por formação de quadrilha.
- Bom, vou procurar emprego.
- Quem vai empregar um endividado como você Isidoro? Que além de tudo tem ficha na polícia por desordem pública!
- Bo-o-o-o-o-om, eu dou um jeito.
- Quanto você deve Isidoro? (Aos berros)
- três mil.
- O que? Você põe o nome e a vida de minha filha em risco por causa de três mil? Vamos agora mesmo pagar suas dívidas safado e mal pago.
- Não precisa, eu prefiro me ferrar a dever ao senhor!
- E eu adoro ter dinheiro pra receber de você!
(Como viram, nem todas as missões são possíveis de serem cumpridas. Assim, Isidoro foi feli... quer dizer triste até pagar seu sogro).