Dose de café
Mas eu te amei mesmo. Myiu falava olhando nos olhos de Kaede. 5 anos se passaram e agora eles haviam se encontrado em um café em Londres. Ela tomava chá e ele uma xícara de café preto com açúcar.
Você ainda gosta de chá de laranja. Kaede desconversou, nunca pensou encontrar Myiu longe do Japão.
É você ainda bebendo café forte com bastante açúcar. Ela sorriu. Escuta, Kae porquê não demos certo naquela época?
Era ótimo ela o chamar de Kae, o apelido que só Myiu o chamava. Ele pensou, bebeu com cuidado o café quente, Londres chovia e fazia frio, as pessoas na rua andavam apressadas e com cuidado de não trombar em guarda chuvas.
Não sei, My. Eu fui fraco...naquela época queria ser um escritor, tinha meus medos e fui covarde em te colocar no segundo plano.
Não diga assim kae, Myiu olhava nos olhos de Kaede eram olhos tristes e profundos. Nós erramos...agora nos encontramos cinco anos depois totalmente por acaso. Não acha que significa algo?
Kaede olhou a fumaça que dançava lenta no café quente. Quando olhou para o fundo dos olhos negros captou esperança. Deu um sorriso triste.
Você está casada com um britânico e tem um filho lindo de 2 anos, uma família maravilhosa. Eu sou um escrito fracassado que mora num porão alugado. Se significa algo, Myiu, é que a covardia tem um preço amargo que pagarei longas prestações...
Myiu não soube o que dizer. Ficou olhando para aquele sorriso triste e pro homem que um dia amou. A chuva continuava forte.