PORTÕES

PORTÕES

Há lugares onde portões abertos ou fechados são sinais da mesma situação, pois ou os porteiros são coniventes ou pior, toda sociedade. E foi assim que se deu o escandaloso fato… que todos souberam… mas ninguém sabe… e quem realmente não soube… bem, vamos a um sombrio fim de semana de maio.

I

Você já viu fila indiana?! Não?! Igual àquele programinha da MTV! Lembrou… será tarde?! Ostracildo estava meio combalido, tentando a semanas sucesso nos seus negócios na internet, e a coisa de três dias recebia umas mensagens de uma senhora religiosa evangélica acamada em um hospital na África do Sul – enviara-lhe até uma foto, senão apiedante, uma dessas que tem gente que não consegue nem olhar. Ostracildo era um desses tipos meio profundos, hora burlesco e diferençava publicamente até o olhar X ver – então dizia a qualquer um que se aproximasse com ideias de jirico muito estúpidas – olha, cara… vê aqui… e olhava arregalado… mais que os olhos azuis daquela repórter da Globo, a tal de Leilane Neubarth (nome bonito, né?) – só que Ostracildo tinha olhos negros e destes de fazer bicho torto correr para casa. Provavelmente para esperar a hora da Leilane. Ostracildo prefiria comer chocolates “Nughet” - Mas foi entre tentar enviar mensagem em auxílio a Srª Esthér Jhon via e-mail e justo na madrugada em que enviou uma lista imensa com entidades e organizações tais como ONGS – pois a Srª Jhon, estava desejando investir um dinheiro muito significativo em prol de pessoas em alguma desvantagem social, pois sua família era uma família de péssima índole e desonesta – e mesmo estava naquele estado de saúde que a foto denunciava por causa dos problemas familiares. Ostracildo de sua forma fazia até analogia com sua própria família…não exatamente mãe ou pai… mesmo a irman, que não se relacionava naturalmente… ou seja eram um pouco distantes, mas o restante dos parentes por parte de mãe que só recentemente e em tempo que mais se fez doloroso e que somente ele ousava enfrentar… o que para ele, e até hoje são boatos de que sua família (por parte de mãe) apesar de evangélicos (e talves por isso mesmo) era envolvida de uma maneira tão repugnante com toda sorte de coisas espúrias, até mesmo narcotráfico… incluindo um conchavo de anos com a Rede Globo de TV - Um momento: letras não traduzem a dor ou a vida real, a tentativa é aproximar o máximo o escrito do que se transcreve, seja mesmo fictício ou real – e que pensará o leitor pobre ou rico (de espírito) se você chegar aos 40 anos e enfrentando as coisas do dia a dia, porém seus familiares sempre sendo a motivação de tudo, e neste caso de p ernicioso que lhe ocorrera por toda esta existência? E você aos 40, ainda vivendo de conjecturas… ou quase isso… Será que linhas denotam o que um romance real, como se desejaria ou se desejou algum dia (os imaginados para as vidas, antes de qualquer perda, trivial isso… as vezes não tanto..) – mas um romance que aborde o real seja em que circunstancia o for, transpassando como se vivessemos tudo como exatamente escrito? Só que neste caso, não venha pedir uma versão da Globo, p or favor!! Enfim, meio que algo sobrenaturalmente, na falta de alguma explicação racional, adoeceu ou ficou ligeiramente indisposto e n ão tocou por bastante tempo no computador… pelo menos uma quinzena… dormia praticamente os dias inteiros, Ostracildo.. e que neste estado chegou a pensar ser o comum naquela comunidade.. é, talves mesmo para Ostracildo o “sobrenatural” se revelasse e sem nenhum esclarecimento recíproco… chegou a tomar doses “cavalares” de um psicotrópico originado dos anos 50.. exatamente 1952 - coisa que se abusar… vai saber mesmo o que é “sobrenatural”… e se voltar… bom, pede pra “tiasinha” (não a da TV, ela já esqueceu), a tiasinha do lado com cara de boazinha te contar. É qualquer pessoa que possua o mínimo de estima ou bom senso, mesmo hoje em dia, deva ter algum apreço a própria saúde..ainda mais Ostracildo, cujo nome naquela situação que já vivia a algum tempo, é bem apropriado – como se auto- alcunhava. Ostracildo já estava em parte apaziguado consigo mesmo, com o “estigma” do cara que não dava certo – muito mais ao descobrir como é que os caras e minas que davam certo faziam - cê não sabe ainda? ..vê em que fila entra, hein.. ? ..nem sempre o cachê vale a pena ou compensa..! E justo naquela sexta (ou injusto..) sombria do fim de maio em que parecia estar melhorando, em dúvida… pois lembrava que estivera a tomar um ansiolítico aparentemente inofensivo, jurou tempos depois que todo aquele tempo praticamente prostrado à cama (de sua mãe) fora efeito de abstinência do medicamento - um comprimido pequeno e branquinho.. tão inofensivo (?) - Então a noite, próximo as 22:00 horas ou pouco mais, deitou-se no sofá da sala, tinha a sensação que acordaria melhor no dia seguinte… mas não foi bem assim. E logo ao mês que muitas mulheres tem em alta valia. O doce e terno mês de maio!!

II

Ostracildo já chegara a comentar entre quatro paredes que se sonhava as noites quando dormia, fazia tempo não lembrava qualquer sonho a pelo menos cinco ou mais anos. E se é verdade que sonhamos toda noite, Ostracildo já não sabia..sequer se importava, quando acordava pela manha, parecendo um robô.. naturalmente…nem bíblia.. nem nada… apenas acordar e não esquecer… o que lhe importasse aos dias idos e vindos… o que saberia àquela sexta ao tentar dormir, e aos olhos do cotidiano das cidades – pesadelos piores que os demais, no corre –corre diário! E devido circunstâncias comunitárias e sociais… pra que serviriam – perguntava-se as sombras de sua própria consciência… e pesadelos ou sonhos àquela altura de sua vida… a sua mesmo?! Por àquela comunidade, o perigo subjetivo era tão grande, que começavasse a acreditar que nada servia para nada, talves apenas cumprir ordens… de um aparelho de televisor… e de fato, muitas vezes melhor patrão à estes, que os próprios bons ou maus patrões - mas na pratica comunitária do dia a dia… quase nada fugia a regra de uma ordem de televisão. Do que era feito, Ostracildo então… que se via Tv, era com o controle remoto mais veloz que um raio na tempestade… remoto diante à programação?! - PESADELO: fechou os olhos, e nem 10 segundos passaram naquela sala que ao apagar das luzes no teto, era tão escura! Já tinha se habituado. Os olhos meio que sem conseguir ficar fechados, as palpebras irrequietas involuntariamente… abriam e fechavam… e dizem que até no escuro se podia ver os olhos de Ostracildo. Que estaria acontecendo? Seria real o que ouvia, como se tão perto? E tão fora do seu cotidiano..porém… qualquer tédio, ainda mais após prostrações ou por falta de perspectivas ou mesmo como se diz: “sobrenaturais” – se hão – seriam melhores que os pesadelos ou seria mesmo a realidade…? …Sim… no andar de cima ao seu – o sexto andar – e ouvia a moça que não falava… falando ao escuro sombrio daquela hora em angustiadas e corajosa vozes… aquela noite de fim de maio… destes tons que dizem ainda coragem… mas que parecia saber que poderia estar próxima a perder a razão… - Translado de um diálogo ou quase monólogo ouvido por Ostracildo – sem comunicação… sem certeza… sem nada… a beira da não razão…

- que foi… Inhaúma, mãe…! ..Inhaúma… deixa disso… vai pagar tua dívida como? -Mãe… R$ 350,00 - senão… eles vão me matar… ..vão nada… olha teu jeito… te conheço… vai lá… vai lá… - mãe eu não tenho R$ 350,00 - eles vão me matar… vão nada… vai lá… - E o pesadelo tão vívido… Ostracildo, as pálpebras…. O medo… o irracional… boatos que ouvira… que fazer? … ninguém muito se falava no lugar… mais ainda Ostracildo…. Seria delírio… não!! Tinha certeza que não era, não estava louco… algo ocorria e era coisa grave… talves gravíssima… dessas coisas que escandalizam quando aparecem na TV. –Mãe… e uma verborragia da moça citava até coisas de outras pessoas… um amigo que tinha morrido naquela noite… parecia até falar de um texto que o próprio Ostracido escrevera com o irônico título: Largatixa…… mas a coisa parecia ficar cada vez pior.. enquanto no apartamento de Ostracildo, sua mãe sofrida pela vida e sua irman… e Ostracildo já acostumara… e ainda mais naquele edifício em que já declarara de uma forma agressiva e publicamente… que se alguém morresse entre quatro paredes.. nem haveria problema… certo pensar que nem retirar o corpo se o morador não solicitasse, retiraria-se… acreditem, há de tudo neste mundo! Se vocês lêem jornais… melhor não lerem se não viverem semelhantemente… mas parece que hoje tá meio que muitos se aproximando de noticias de jornais… nunca foram tão democráticos… E então a coisa, a situação.. o pesadelo… tornousse realmente dramático, na falta de palavra mais factual, enquanto pareceu que a moça houvera saído por alguns minutos e retornado logo em seguida… vozes de homens entrando pelo apartamento do sexto andar, e que até esta sexta feira do fim de maio, qualquer desavisado perceberia ser um apartamento de pessoas discretas. Ostracildo até hoje nem em filmes como Pulp Fiction, por exemplo teve imagens – “pesadelos” tão discrepantes e aberrantes – de olhos ao sabor das pálpebras e a incerteza doentia se seria verdade as cenas que se começavam a formar no interior de seus olhos fechados… ou seja : sua própria mente… cenas tão bestiais..tanto que pelo que via no escuro de sua própria sala fantasmagoricamente… como pelo angustiante tremular involuntário de suas pálpebras com o copor inerte coberto pelo velho edredon, com cheiro de nicotina… em um momento, devido a sua angustia com o que se lhe aparentava incertamente como pesadelo de olhos tremulos, mas e justo pelas imagens, acordados… levantou-se e pegou no interfone… pois de certo uma coisa era real… os gritos muito similares.. com certeza era o Walter, um cara do seu passado, sua infância – um bastardo da própria família – e gritava: Wanderlei… Wanderlei… e muito, extremamente angustiado… mas ninguem retornava na noite sombria e até assustadora, como de costume naquela comunidade… Ostracildo não sabi o que poderia fazer..se deveria fazer… a única reação foi ir ao interfone, e perceber o imenso e sombrio silêncio… parecia como nestes filmes quando a morte se aproxima soturna de alguma vítima… mas muito mais denso que outras noites da comunidade… Ostracildo de fato não sabia o que fazer.. seu nome também era na verdade, Wanderlei… mas diziam haver um homônimo na mesma rua… e nestas horas, em que sem contar com outra coisa naquele silêncio sombrio e noturno que não a própria intuição… como se um cemitério habitasse o ambiente… e essa fosse assim a convicção, o espectro de amigos que lhe poderiam auxiliar… e deve ter sido isso… pegou o interfone… tão singelo objeto… tão destoante daquele pesadelo.. ourealidade… ficou realmente sem saber… o silêncio sombrio e mortal da noite, foi o alento ao interfone… Ao pegar o interfone, no curto caminho da sala até a cozinha… já percebia como no curto caminho tudo já se fazia silencioso… sombrio… lá fora.. nada se ouvia… ao contrario do que realmente a sua mente parecia, ocorria no andar de cima.. e isto por cerca de umas três ou mais horas… se vocês querem detalhes, não terei reservas… por favor, as crianças evitem ler o que virá a seguir:

-após retornar do interfone, deitou-se novamente ao sofá… e uma sensação de repulsa e violência pareciam ser sugeridas entre o espectro do silêncio e hora ou outra um grito abafado feminino, no princípio… até derepente ouvir a porta do andar de cima fechar-se, e a voz da moça retornar – doeu… mãe… doeu…. Tá doendo..? …doeu, mãe… doeu… e choro um tanto doentio… o pior iria começar. Ostracildo estava como se a mente a crescer… e paralisado diante as imagens que lhe surgiam a olhos cerrados e pálpebras trêmulas… a escuridão..as pálpebras… o ambiente sombrio daquela noite de fim de maio… nem a bem da verdade sabia se pensava… se os pensamentos que lhe vinham eram realmente seus…. As imagens no escuro de sua sala lhe invadindo sem pedir permissão, sua mente… ouviu a porta abrir..e até parece ter ouvido um sussurro como: “MEU DEUS… me ajudem….”

III

..eu disse para as crianças não lerem, até porque a moça era de menor e mãe, era mãe… Fila indiana de programa da MTV é uma coisa… mas uma fila… que crescia ao sabor do portão aberto do edificio… aberto a qualquer que estivess ao redor… numa região de mazelas sociais aberrantes… e isto já depois da meia noite… e parece que logo ao inicio das bestialidades que sucederiam, provavelmente por toda a madrugada… o anfitrião, o porteiro Raimundo se encarregaria brutalmente de dar abertura aos “serviços” - Ia me esquecendo da verdadeira provável mentora da sequencia com mais de dezena de bestas e miseráveis… animais e insetos… ou o que o valha… em sequência sem nenhum método sequer… após Ostracildo ouvir (isto jura que ouviu mesmo..) la da dona do terceiro andar, que nunca despertara nenhuma confiançao no pobre Ostracildo, muito pelo contrário -NOOOOOSSSAAAAA – seria consumado… chegou a lembrar da igreja da comunidade com uma esfígie de Nossa Senhora… deva-se dizer: a sessão de estupros e sevícias as mais exdruxulas e horríveis que uma moça do tipo que Ostracildo houvera visto passar por si algumas poucas vezes e até a própria mãe… era aterrador as imagens na mente que lhe vinham… os vizinho do edificio, os traunseuntes da rua… iam entrando a revelia do camino aberto tanto nos corpos de mãe e filha, como da propria entrada do edificio… pelo anfitrião Raimundo… e de uma forma não menos que brutal… e ainda alguns dos amigos da dona do terceiro andar… uma mulhersinha de não mais que um metro e sessenta de altura… que parecia a Ostracildo, além de mentora de tal coisa, envolvida com tráfico… mais tarde pensaria que a pobre moça fora lhe pedir emprestado para pagar sua dívida…e a cilada estava estratégicamente planejada. Ostracildo talves tivesse um sofrimento menor ou menos doloroso se presenciasse tal madrugada, em corpo e matéria..pois saberia de fato qual seria sua reação… e praticamente desmaiou Ostracildo quase inconscio em mais uma noite de sono… com certeza, pesadelo. Acordando logo cedo… enquanto do lado externo da porta de serviço do seu apartamento… um ruído irritante, quase provocador… assim como houvera acordado com angústia… abriu a porta, pois ouvira gritos tão sofridos, pareciam da moça… - o que houve..?aí em cima? –de bermudas e com seu jeito brejeiro e sorriso de soslaio, meio a beira da ignorância… jeito de quem disfarça a propria força fisica, se entendem… - são só as crianças ai de cima… -sorrindo o anfitrião Raimundo… e ainda emendou, enquanto Ostracildo ia fechando a porta e no sexto andar se ouvia bater com violência alguma porta: …depois da gente se jactanciar… onde aprendera tal palavra…? - quando a porta do andar superior bateu, quase telepaticamente uma voz espectral do que lhe pareceu da mãe da moça: “..fecha essa porta, antes que ele volte pra terminar o serviço..” - O porteiro continuou com sua vassoura a varrer a escadaria. Ostracildo nunca mais voltou a olhar ninguém daquele edifício do mesmo jeito… aprincipio nem soube como tinha condiçoes de andar as ruas da comunidade, onde todos pareciam querer “rir” de sua expressão… parece que por ali nada de tão horrivel ou escandaloso houvera ocorrido como naquela noite sombria do fim de um mês de maio… um doce mês para muitas mulheres… Diz que vez em quando ainda ouve barulho no teto, embora a sua própria mãe (de saúde delicada) de Ostracildo, diga-se – dizia que as pessoas que moravam no sexto andar haviam se mudado. Ostracildo descobriu que tinha mesmo a mente forte… mas também reconhecia que seria melhor ter presenciado o que apenas sentiu na mente… passados quase seis meses, boatos aqui, ali… e mudanças sensíveis e dolorosas na comunidade foram pouco a pouco se recrusdecendo… aquela comunidade que tantas mazelas apresentava as ruas diariamente… mas veja que Ostracildo na verdade, somente aumentou suas conjecturas entre os boatos velados e tão esparsos…e hora maldosos… e mesmo assim curando pouco a pouco seu psiquismo… ouvia as vezes piadas nem duvidosas…de péssimos teores… coisas que bandidos só falariam as escusas.. mas por ali sendo ditas a céu aberto… durante o dia, coisas como: ..tá grávida… de qual estuprador…? …esse porteiro animal… diz também que o serviço do porteiro na verdade naquele lugar era tão somente saciar-se com estupro cotidianos a outros moradores, ao sabor que as chantagens que coadunado com a tal dona do terceiro andar o permitiam. Ostracildo, ao menos tinha agora uma certeza… jamais enlouqueceria, pois era bem provável que os piores tipos de coisas fossem o vulgo daquela comunidade… e pior saber, que pela comunidade do E. Novo, uma mulher de um metro e sessenta aproximadamente, que mais parecia uma semi-analfabeta na verdade era mantenedora de uma serie de coisas escusas e falcatruas as mais inimagináveis…e pasmem, dizimam a boca miúda, patrocinada pela Rede Globo… e ninguém fazia nada… nenhuma providência… anos a fio… parecia ainda que a maioria odiava a tal dona, mantenedora e propagadora de desgraças do lugar… e nem polícia… nem ninguém conseguia cessar estes tipos de coisas a muito tempo…alias, ou se tornavam coniventes eparticipavam, ou ficavam de um jeito indiferente de quem nao pode fazer nada... dizem que ate pessoas de bastante estudo, como sociologos, depois deste caso estiveram em crise de valores... academicos embasados ate mesmo em Max Weber, devido a fortuidade e futilidade do caso e as consequencias d este caso da moça e da mãe pareciam ter extrapolado qualquer noção de tolerância.. e mesmo assim ainda obedeciam sordidamente as “ordens” da lider comunitária ao contrario do E. Novo… -Enfim, você sabe onde fica realmente a comunidade do E. Novo… não é as ruas… Não… pode ser apenas em um apartamento tão limpinho… você não acreditaria…. Nem Ostracildo ainda consegue acreditar… mas de fato não estava louco, que cético por natureza e decorrencia do seu cotidiano, não descarta as conjecturas de fato nada impossiveis no lugar… As mais dantescas destas conjecturas – sua família colocara Ostracildo naquele lugar, justamente por saber da existência desta mulhersinha de um metro e sessenta, semi analfabeta..e pelos interesses pessoais, desde que Ostracildo se afastara definitivamentde do uso de drogas ilícitas… eufemismos não são suficientes neste derradeiro atoleiro… e dizem a vozes sombrias do lugar que tiraram fotos do que conjecturalmente fora o banquete mais horrendo e impactante da história da comunidade cheia de mazelas sociais do E. Novo – uma moça que lembrava Ostracildo tê-la visto algumas vezes com uniforme de formalista, tão bem cuidado e passado… ah, essa não é conjectura – Ostracildo ouvia como costume umas musicas, destas tipo rock pesadão.. e nem adivinhava em sombras qual a característica principal daquela comunidade… macumbarias, as mais pesadas e escamoteadas possiveis, e isso hoje, nos anos 00… e como nem todos são como Mick Jagger… dizem que os fatos daquela noite do fim de maio, repercutiram até mesmo nas eleiçoes que foram irremediavelmente afetadas indiretamente e as ocultas ( o fato não saiu nos jornais) pelo escândalo que toda a cidade soube… o tempo passou…e até hoje vez em quando parece ver alguns traumas diarios muito mais dolorosos… e diz que todos esqueceram… mas não é bem assim… dizem que mãe e filha, vivem hoje como escravas da situação..deste fim de maio… e voces são capazes de imaginar o que isso significa… Ostracildo apesar de vir se recuperando… é um dos que realmente não sabe… como tantos que lhe dizem não saber… mas ficarem um tanto transparentes, como se não pudessem dizer… a verdade… diz que breve, Ostracildo partirá e sempre desde muito nesta comunidade, é o que deseja – até mesmo por além de não ter nenhuma afinidade com essa dona de um e sessenta e por isso mesmo… e já ter em mente a vontade de morar em uma casa residencial… Bem, um metro e sessenta de altura desgraçando década a década toda uma comunidade… e na cabeça de Ostracildo sempre a indagação: ..como ninguém faz nada… era de dar enxaqueca pensar demais nisso.. com certeza, sabia agora que sua mente não era fraca… provocações na comunidade ainda continuavam a ocorrer, a revelia do que realmente ainda esta acontecendo. Logo após a noite do fim de maio, pois que em tom de brincadeiras e algo doentio, como sessões de tortura aos dias mesmo, ouvia toda vez que se deitava em qualquer lugar do seu apartamento… até gravou por um tempo no celular… sessões de tortura tão despreziveis no andar de cima… melhor nem falar… a sensação é que depois deste dia do fim do mês de maio tão doce a muitas mulheres, coisas mais dificeis de explicar ocorreram como perda de documentos e contas bancarias… diziam alguns boatos… sim, vocês conseguem imaginar..?mesmo Ostracildo que arriscava seus poemas ficou um pouco inerte… e sexo no sexto andar parecia ser uma obrigação sem nenhum conteúdo sequer racional… se voce for mulher, poderá sentir melhor a situação… na realidade parecia haver um espectro que nem a mãe e filha as vidas já importavam…e tudo prosseguia como sempre na comundiade de tantas mazelas sociais do E. Novo…ar ruas… o comércio… quem sabia… ou fingia.. ou disfarçava… hora ou outra, mesmo depois de meses até no tráfego de automóveis parecia ver alguem com lágrimas nos olhos, quando passsava pelo lugar… bem, ninguém sabia nada… ninguém vira nada… e afinal que tinha demais Ostracildo haver com tudo isso… se nem mesmo enlouquecera… mas de fato era o único que realmente não sabia..e ao que a muitos nada incomodava… ao contrario, se é que entendem… A olhos gerais, tá quase tudo do mesmo jeito na comunidade do E. Novo… todo mundo lá… o porteiro disfarçado…a tal mantenedora de desgraceiras… e parece que Ostracildo mesmo não fazendo nada, hoje incomoda mais que outrora… Ostracildo que nunca sequer entrara na casa de qualquer morador daquele edificio…a não ser o que já julgava, a sábia senhora do setimo andar, que logo ao chegar no edificio e conversar um pouco com ela, lhe disse um tanto irritada: “aqui ninguém esta interessado nisso..” e Ostracildo falava de aspectos sociais que já observava ao chegar… talves esta senhora do setimo anda, fosse a porta voz dos silencios ocultos diarios…e antes assim… a frase desta senhora ressoa hora ou outra ainda na mente de Ostracildo. Foi enfim no E. Novo, que Ostracildo teve a certeza que nem toda pessoa de cor precisa ser necessariamente macumbeiro, muito pelo contrário, se entendem… e Ostracildo mais ainda se convencia pelas circunstancias de que estupros diarios ocorriam na comunidade – Enfim, Ostracildo perdeu total interesse em qualquer religião naquela comunidade, pois entendeu para que servia tais praticas, enquanto o problema residia em simples e modestos hora bem aparamentadas residencias da comunidade… voces não seriam capazes de imaginar que a falta de escrupulos e oportunismo, ou onde isso pode chegar em comunidades como a do E. Novo – e sempre no ar: ..ninguém faz nada… Dizem que há um parlamentar e até se reelegeu… parece que é religioso… está no poder desde os anos 70 pelo menos e com certeza estamos no ano de 2010.. mas no E. Novo os anos parecem ter parado aproximadamente em meados da decada de 70 até certo ponto, com recrusdecencia da violencia do rio de janeiro (dizem que ate mesmo um politico, que na eleicao se reelegera, desta vez a governador, tambem participou do `bacanal` - e querem dizer ainda que chegara a cargo maior, justamente por ter participado do bacanal... para bom entendedor... poucas palavras bastam. Você não acreditaria, nem mesmo Ostracildo, o único que realmente não sabe… mas já não duvida que seja impossivel… não mais.

..ainda dizem entre outros boatos numa luta de quem é pior, que o mentor verdadeiro de tudo que ocorrera naquela noite sombria do fim do mês de maio.. fora sim, um primo de Ostracildo e evangélico…e disseram mais.. que rolou uma especie de conchavo exdruxulo na comunidade, realizado por telefonemas para abafar e calar bocas… e as consciencias como estariam…. Voce acredita?

B. FROZEN

06-11-2010