A JOVEM E AS ROSAS

Para uma garota londrina, a ideia de que criaturas mágicas convivem com os seres humanos, era visto como uma imaginação boba; porém, para aqueles que, acreditam em magia, era algo incrível e inexplicável.
Esta história tem como personagem a doce e gentil jovem Emile. Sua vida, em Londres, era perfeita; todos da alta sociedade a respeitavam. Era uma jovem nobre, com grandes talentos e um coração ímpar. Sua família a amava muito e, sua aparência, original. Seus traços pareciam-se com o de uma boneca de porcelana com alta beleza incomparável. Seus cabelos eram longos e sedosos, suas bochechas pareciam maçãs e seus lábios vermelhos de uma cor fraca, mas com um toque suave. Poderia dizer-se que não lhe faltava nenhuma perfeição.
Certo dia, Emile recebeu uma carta informando-lhe do falecimento do avô e que era a sua herdeira. De acordo com o testamento, a jovem ficara com a casa do avô. Junto com o documento, uma chave que leva ao jardim encantado.
Dias se passaram. Emile já estava acostumada com a nova vida depois da mudança. Tendo muitas responsabilidades como a senhora da casa, colocou, em primeiro lugar, o legado deixado pelo seu avô.
Emile estava feliz com sua vida, menos por uma parte. Sempre que visitava o jardim encantado, pela manhã, cuidava das rosas mágicas, as quais eram muito lindas.  A jovem dava-lhes amor e carinho, tratando-as como parte da família. As rosas, no entanto, não lhe retribuíam com o mesmo amor; intimidavam-na com arrogância.
As rosas, impacientes, gritaram com Emile e disseram:
– Garota, cuide de nós apropriadamente. Nossa beleza não pode ser destruída por uma simples humana.
– Escute bem, minha irmã, garota – disse a rosa azul com voz debochada – Tudo que ela disse está certo. Somos as mais belas do jardim. Se algo acontecer conosco, quem irá se responsabilizar pelo estrago feito?
– Você me faz ter pena – disse a rosa amarela, a mais nova das rosas – Nem se quer alguém nota você com essa aparência ou você está nos provocando para ganhar nossos créditos. Não acham hilário, irmãs?
A jovem não demostrou nenhum ressentimento com as palavras que lhe foram dirigidas. Ao vez disso, sorriu-lhes e disse:
– Eu gosto muito de vocês mesmo sabendo que não sentem o mesmo por mim. Não guardo mágoas; sei que, em suas vidas, nunca foram amadas de verdade. Não me importo com a aparência nem com o que as pessoas veem ou digam. A verdadeira beleza está no coração. O coração é quem direciona as atitudes. Todos são iguais e com belezas diferente. Tornamo-nos únicos por diferentes formas e estruturas.  A aparência não é o mais importante na vida e, sim, o gostar de si mesmo, do jeito que somos. Não existe nenhuma perfeição no mundo. A imperfeição é a beleza.
– Nós somos flores cheias de vida, com grandes capacidades que não chega ao fim. Ser jovem é traçar o próprio caminho de sua história e das estações do ano. Com a idade avançada, murchamos. Não zombamos da aparência dos outros; todos, um dia, irão ter suas aparências mudadas.
As rosas não entendia o significado da verdadeira da beleza. Antes, nunca foram amadas. A única pessoa que as amavas era Emile. Anos se passaram, em plena alegria, aos olhos da jovem e das rosas.
No último dia de Emile, ela se despediu das rosas e faleceu com um sorriso no rosto. As rosas choraram de tristeza ao saber que nunca mais teriam aquele amor que lhes for dado e, logo murcharam ao lado do corpo da jovem. Em últimas palavras, disseram-lhe que as amavam como sua mãe.
Maria Fernanda da Silva Silva - 15 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 03/09/2021
Código do texto: T7334631
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