ELE É MEU PET

Eu morava em uma casinha branca, com os portões preto na minha cidade. Eu mantinha a frente da casa sempre bem cuidada, e podia sempre sentir o cheirinho de tinta fresca. Tinha uma calçada alongada, com vários jarros coloridos e diversos tipos de plantas.Algumas vezes eu pegava o meu celular, e filmava as borboletas se deliciando com o néctar das flores. Em frente de casa, tinha uma outra casa em construção. Depois de um certo tempo, percebi algo estranho, em todas as vezes que eu chegava do trabalho. Eu sou Arte Educador na área de teatro e literatura de cordel, aplicando oficinas pela Secretaria de Programas Sociais da minha cidade. Percebi várias vezes um cachorro preto e amarelo, deitado em uma casa em construção, bem em frente a minha. Acho que fazia mais de quinze dias que aquele animal tinha se instalado naquele local. Ele olhava para mim desconfiado e com a língua para fora. Acho que o coitadinho tinha sido abandonado. No outro dia ao chegar em casa, percebi que ele não estava, mas depois ele chegou. Acho que ele tinha ido atrás de comida. A vizinha me falou, que achava também, que o mesmo tinha sido abandonado. Foi aí que eu o chamei, e ele veio todo desconfiado, abri a porta da área de serviços, ele entrou, então tinha macarronada com bastante carne moída. E quando ele percebeu que ia ser alimentado, ele pulava cheio de alegria e comia com muita rapidez. Acho que ele estava com bastante fome. Deixei ele preso por uns dias, dei banho, e remédio para pulgas e carrapatos. Ninguém apareceu á procura do animal. Leiser foi o nome que dei a ele, e o mesmo só faz suas necessidades fisiológicas pela manhã e o entardecer, solto ele e em poucos minutos, leiser está de volta. Então ele entra, come, bebe água e se deita. Faz mais de três anos que estamos juntos. Eu e meu verdadeiro amigo pet.

Flavio Alves
Enviado por Flavio Alves em 17/08/2021
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