Diário de um endividado 1/3 - Missão: sair da cadeia
- Seu Isidoro, meu nome é Presídio Cruz, delegado dessa espelunca. Aqui diz que o senhor foi preso em flagrante por desordem pública. O que o senhor me diz?
- Primeiro, eu não estava em espaço público...
- Oras, temos um espertinho!
- segundo, estava zangado por que não iria receber meu salário.
- O senhor sabia que desconfiamos que você fosse participante ativo da quadrilha de Farmácio Silva?
- O que? Nem sabia que Farmácia tinha quadrilha!
- Ah não? E como o senhor explica movimentações financeiras feitos pelo senhor?
- Que, mo, mo, mo, mo, mo...
- Que “mo” o que elemento? (Irritado)
- Que movimentação financeira?
- Uns trezentos mil reais transferidos da sua conta para Suíça.
- O, o, o, o, o, o, o q, o que?
- Não é você o titular da conta 008753951?
- Não! Se eu soubesse disso aquele infeliz teria sido preso sozinho! Doutor, eu sou apenas um funcionário mal pago.
- Hum! Esses caras sempre são funcionários mal pagos. Por isso a briga seu Isidoro?
- Sim! Briguei por que ele iria pedir falência e não iria me pagar!
- Os objetos que o senhor quebrou não poderiam ser utilizados como pagamento?
- Aquilo? Não! Objetos comprados em lojas de um e noventa e nove, somando tudo não dá dez por cento do que aquele safado me deve.
- Seu Isidoro, você será liberado, mas, por favor, não saia da cidade.
- Quer dizer que eu posso ir?
- Infelizmente pode! Alguém pagou sua fiança, parece que foi seu sogro.
- Xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!