DESENCANTO
Em uma tarde de domingo, num parque da capital gaúcha, duas cenas despertaram a atenção de Roberta. De um lado, o dançar das borboletas; do outro, homens e mulheres de rua, debruçados em um container catando restos de comidas. O clima de tristeza e de desencanto era doloroso.
Ao ver essas pessoas, remexendo o lixo, em busca de sustento, desencadeou-lhe intenso apatia e abandono. O “farfalhar” das borboletas perdeu o encanto e a magia.
Seu coração entristeceu-se. Com os olhos embaçados, a garganta seca e a voz trêmula, afastou-se do local. A dor que a arrebatou foi tamanha que desconectou seus pensamentos e sonhos. Com as emoções abaladas e confusas, sentiu-se perdida e desorientada. Tudo, muito obscuro e deprimente!