O conto de fadas é gênero textual que consiste em curta história que contém elementos imaginários que se mesclam com elementos reais. Há, pelo menos, dez contos de fadas clássicos. O primeiro é a bela e a fera que é de origem francesa e foi escrito por Gabrielle-Suzanne Barbot.
A versão que se popularizou foi a partir de adaptação feita por Jeanne-Marie LePrince de Beaumont em 1756, e narra a relação a uma criatura (a fera) que se apaixona por uma jovem (a bela[1]
).
Finalmente, ao ter amor correspondido, a criatura bizarra se vê libertada do feitiço que o transformara em monstro e, finalmente, retorna à sua forma humana. Outro conto de fadas é a bela adormecida que é de autoria de Giambattista Basile e, foi publicado em 1634. Tal conto foi adaptado por Charles Perrault[2] em 1697 e, depois pelos Irmãos Grimm[3] em 1812.
A versão que muito se popularizou foi a dos Irmãos Grimm e, narra a história de uma princesa que ainda em bebê, fora amaldiçoada. E, aos dezesseis anos a jovem fura seu dedo, e cairia em sono profundo, somente despertando com legítima beijo de amor. E, o feitiço é, finalmente, quebrado quando a princesa foi beijada por um príncipe.
A Branca de Neve e os Sete anões[4] é conto de origem alemã do século XIX, cujo primeiro registro escrito é de Giambattista Basile e, novamente, a versão mais popular foi a da adaptação feita pelos Irmãos Grimm em 1812. A narrativa relata a história de uma bela jovem que de tamanha beleza é invejada pela madrasta que tenta matá-la. A jovem então se esconde na floresta e encontra a casa de sete anões, mas, acaba por comer uma maçã envenenada que recebeu da madrasta.
A fruta a faz engasgar e desfalecer. Considerada como morta, a Branca de Neve é colocada em uma caixão e, enquanto era transportada, sofrera um grande solavanco e um pedaço da maça se desprendeu de sua garganta. E, dessa forma, voltou a respirar.  Na versão mais popular, o feitiço só chegara ao fim, quando a moça é beijada por um príncipe.
A Cinderela também é conhecida como a gata borralheira, e sua primeira versão também foi publicada por Basile, em 1634 e, depois a dos Irmãos Grimm, em 1812. A Cinderela[5] fora impedida de participar do baile realizado por um príncipe, pois sua madrasta queria que o nobre notasse apenas suas filhas e, temia que a beleza da jovem chamasse mais atenção.
E, conseguiu comparecer graças a uma fada madrinha, mas teve que sair às pressas e deixou de ficar para trás um de seus sapatos de cristal. Ao achá-lo, o príncipe percorreu toda a região, até finalmente encontrar a jovem. E, se casaram e viveram felizes para sempre.
O Chapeuzinho vermelho[6] foi publicada primeiramente por Charles Perrault em 1687 e, novamente, a versão mais popular foi feita por Irmãos Grimm em 1857. E, conta a história de uma menina que usava uma capa com capuz vermelho e, passeava pela floresta à caminho da casa de sua avó. Porém, no meio do caminho é interceptada por um lobo.
Então, o lobo descobre onde a avó da menina morava e, seguiu diretamente para lá, a fim de devorá-la. E, quando a Chapeuzinho chegou ao local, também é devorada pelo lobo. Mas, ambas são salvas por um caçador que percebe a presença do lobo na casa e, corta a barriga do animal, libertando as duas vítimas de sua voracidade maligna.
João e Maria[7] é um conto de origem oral alemã e foi publicado pelos Irmãos Grimm, em 1812. Narra uma história de dois irmãos que foram abandonados em uma floresta. Ao tentarem voltar para casa, e João e Maria decidiram que seguiriam as migalhas de pão que tinham espalhado para assinalar o caminho. Porém, tais migalhas sido corridas pelos pássaros.
Os irmãos se perderam e acabaram por se deparar com uma casa feita de doces e biscoitos. Como estavam caminhando há muito tempo sem comer nada, devoraram um pedaço da tal casa e, nesta foram acolhidos por uma senhora aparentemente gentil e, que lhes tratou bem. Mas, depois de algum tempo, a tal senhora se revelaria ser uma bruxa que tinha a intenção de devorá-los.
Num momento de distração da bruxa, então, as crianças empurraram a bruxa para dentro do forno em chamas. E, assim, depois de se livrarem dela, figuram e puderam finalmente encontrarem o caminho de volta para casa.
O patinho feio é conto de origem dinamarquesa, escrito por Hans Christian Andersen[8] e, foi publicado em 1843. Conta a história de um filhote de cisne[9] que fora chocado em um ninho de patos. E, por ser diferente dos demais filhotes, foi zombado e perseguido por todos. Depois de tanta humilhação, resolveu ir embora.
E, durante o seu percurso, foi maltratado, mas, foi acolhido por camponeses, porém, o gato da família não reagira bem à sua presença, tanto que teve novamente de ir embora. Um dia, avistou um grupo de cisne e, ficou deslumbrado com sua beleza.
E, ao se aproximar da água, quando viu seu reflexo, percebeu, finalmente que tinha se tornado uma belíssima ave e que, afinal, não era um pato diferente, mas sim, um cisne. E, desde então, passou a ser respeitado e se tornou mais belo do que nunca.
O gato de botas[10] é um conto de origem oral e foi publicado pela primeira vez pelo italiano Giovanni Francesco Straparola em 1500. A obra passou por diversas adaptações e, a mais famosa foi escrita por Giambattista Basile (1634), por Charles Perrault (1697) e, também pelos Irmãos Grimm.
A história é do gato falante que foi recebido por um jovem rapaz como parte de uma herança. E, ao questionar, o que faria com animal que recebeu, foi surpreendido ao perceber que o próprio gato estava respondendo sua pergunta. Pois, o felino disse que se recebesse um par de botas, um chapéu e uma espada, faria de seu dono, um homem rico. E, devido as suas artimanhas, o rei acabou convencido a conceder a mão de sua filha ao dono de gato de botas.
Rapunzel foi um conto originalmente escrito por Charlotte- Rose de Caumont de La Force e foi publicado em 1698. Mais tarde, em 1815 foi adaptado pelos Irmãos Grimm. O pai de Rapunzel roubara os rabanetes da plantação de uma bruxa vizinha para satisfazer os desejos de gravidez de sua esposa.
E, a bruxa flagra o ladrão e, decide que somente irá perdoá-lo, quando a criança for oferecida a ela após o nascimento. Rapunzel[11] é então criada pela bruxa e vive anos isolada em uma torre. O único acesso ao local dá-se quando a jovem joga seus longos cabelos através de uma janela, para eles sirvam de corda.
Ao passar pelo local, um príncipe que costuma ouvir a voz de Rapunzel descobre como chegar até ela. Os dois se apaixonam e após uma série de obstáculos, conseguem ficar juntos. Na história original, Rapunzel dá à luz um casal de gêmeos. Nas adaptações feitas para desenhos animados e filmes, essa parte do conto não foi contemplada.
A pequena sereia foi um conto escrito pelo dinamarquês Hans Christian Andersen e, foi publicado em 1837. A pequena sereia foi chamada por ser a mais jovem das filhas de Tritão, o rei dos mares. E, relata a história de uma sereia que ao cumprir quinze anos, tem a permissão do pai para subir até superfície. Ao chegar lá, avistou um príncipe em um barco e se apaixona por ele.
Ao voltar para o fundo do mar, procura a Bruxa dos mares, que faz um feitiço para dar à sereia um par de pernas. Em troca, ela pede a voz da jovem. E, no conto original, o príncipe se casa com outra pessoa e a sereia se transforma em espuma no mar. Porém, na versão mais popular do conto e, na adaptação feita para o desenho animado, a sereia e o jovem ficam juntos.
Os três porquinhos é conto de autoria anônima e suas primeiras versões impressas surgiram em 1886, por James Orchard Halliwell[12]. E, conta a história dos três porquinhos irmãos que tiveram de deixar a casa da mãe para ganhar o mundo. Logo, os três tiveram de construir suas próprias casas. E, cada irmão optou por um material diferente, o primeiro utilizou a palha, o segundo utilizou madeira e o terceiro tijolos.
Ao dar conta da presença dos porquinhos, o lobo pediu para entrar na casa de palha. Como não teve seu pedido atendido, soprou, soprou até a casa de desfazer e, em seguida, devorou o porquinho. O mesmo aconteceu com a casa de madeira e, o segundo porquinho também foi devorado. Como não conseguiu derrubar a casa de tijolos, o lobo resolvera descer pela chaminé.
Mas, na descida acabou por cair em um caldeirão que estava justamente embaixo da saída e morreu na água fervente e, assim, se fez uma sopa do que restou do lobo. Em verdade, essa mesma história ganhou diferentes versões e, se tornou mais popular a versão onde o porquinho da casa de palha foge para a casa de madeira de seu irmão e, depois, ambos fogem para a casa de tijolo do irmão mais velho e mais sábio, depois de terem suas casas destruídas. E, assim, todos conseguiram se salvar.
Enfim, podemos apontar as principais características dos contos de fadas, a saber: em sua maior parte, tem teor narrativo, mas pode também conter trechos descritivos, a trama sempre gira em torno de personagens fantásticos, o personagem principal procura a realização pessoal. Em geral, a história costuma ser contada na terceira pessoa e, o pano de fundo é uma floresta, um bosque, um palácio ou um pequeno e modesto povoado.
A maioria dos contos de fadas clássicos conforme conhecemos tinham uma história original bastante diferente, que sofreu adaptações por conta da moral e da ética. E, apesar da nomenclatura, nem sempre as fadas são personagens desse tipo de texto. Quando o conceito surgiu em nosso país, ao final do século XIX, os contos de fadas eram alcunhados de contos da carochinha[13].
 

[1] Em “A Bela e a Fera”, os significados que estão presentes giram em torno do elo afetivo entre pai e filha (chamado na psicologia por "Complexo de Édipo"), e a descoberta do amor. Ao pedir para seu pai uma rosa, a garota, na verdade, pede um sinal de amor, que o pai vai buscar no jardim do homem que mais tarde se casará com ela. Bela, quando aceita viver com a Fera, está se comprometendo a conviver com seu lado "animal", assim como no conto A princesa e o sapo.
[2] Charles Perrault (1628-1703) foi um importante escritor francês, autor de grande número de contos infantis, entre eles, A Bela Adormecida, O Gato de Botas, Chapeuzinho Vermelho e o Pequeno Polegar. Em 1697, com quase setenta anos, Charles Perrault passou a registrar as histórias, ou contos da memória popular.
Ao dar um acabamento literário a esse tipo de história, estava criando um novo gênero da literatura “o conto de fadas”. O livro, publicado no dia 11 de janeiro de 1697, ficou conhecido como “Contos da Mãe Gansa” e reunia diversas histórias, entre elas, Chapeuzinho Vermelho, A Bela Adormecida, A Gata Borralheira, O Gato de Botas, Cinderela, Barba Azul, As Fadas e O Pequeno Polegar. Além de ter sido o primeiro a dar acabamento literário a esse tipo de literatura, o que lhe conferiu o título de "Pai da Literatura Infantil".
As suas histórias mais conhecidas são Le Petit Chaperon rouge (Chapeuzinho Vermelho), La Belle au bois dormant (A Bela Adormecida), Le Maître chat ou le Chat botté (O Gato de Botas), Cendrillon ou la petite pantoufle de verre (Cinderella), La Barbe bleue (Barba Azul) e Le Petit Poucet (O Pequeno Polegar). Contemporâneo de Jean de La Fontaine, Perrault também foi advogado e exerceu algumas atividades como superintendente do Rei Luís XIV de França.
A maioria de suas histórias ainda hoje são editadas, traduzidas e distribuídas em diversos meios de comunicação, e adaptadas para várias formas de expressões, como o teatro, o cinema e a televisão, tanto em formato de animação como de ação viva.
[3] Os irmãos Grimm são dois alemães que entraram para a história como folcloristas e, também por suas coletâneas de contos infantil. Um se chamava de Jacob Ludwing Carl Grimm (1785-1863) e Wilhelm Carl Grimm (1786-1859) eram filhos do jurista Philipp Wilhelm Grimm e Dorothea Grimm e receberam formação religiosa calvinista. Das nove crianças da família, apenas seis chegaram até a idade adulta. Depois de terem concluído o ensino médio, os irmãos ingressaram na Universidade de Marburg e, se tornaram estudiosos nos manuscritos e documentos históricos e receberam o apoio do professor Friedrich Carlvon Savigny.
Em 1807, com o avanço do exército francês pelos territórios alemães, a cidade de Kassel passou a ser governada por Jérome Bonaparte, irmão mais novo de Napoleão, que a tornou capital do reino recém-instalado Reino da Vestfália. Essa situação despertou o espírito nacionalista do romantismo alemão.  A busca das raízes populares da germanidade estava em voga.
Quando os irmãos Grimm deram início às suas pesquisas, os poetas Achim Von Arnim e Clemens Brentano já haviam publicado uma coletânea de versos de exaltação popular, Des Knaben Wunderhorn (A Trompa Mágica do Menino), o que despertou ainda mais a curiosidade dos irmãos às narrativas populares, registradas nos livros antigos, e a busca de suas raízes culturais.
Entre os contos coligidos pelos irmãos Grimm estão: Chapeuzinho Vermelho; A Bela Adormecida; A Gata Borralheira; Branca de Neve e os Sete Anões; Rapunzel; Os Músicos de Bremen; A Pastora de Gansos; João e Maria; A Mão Com a Faca e A Chave Dourada.
[4] Aqui, os valores que estão postos dizem respeito ao desenvolvimento psicológico e o despertar para uma nova vida, saindo infância/adolescência para a fase adulta. Branca de Neve é uma menina que tem uma madrasta muito ruim e invejosa, mas talvez essa seja apenas a visão que a criança tem da mãe em determinado momento da vida.
Assim, ao ir para a floresta é como se a garota estivesse fugindo do mundo que conhece e adentrando seu próprio inconsciente, cheio de perigos. Entretanto, ao encontrar os sete anões, Branca de Neve encontra simbolicamente ferramentas que a ajudam a lapidar sua personalidade.
[5] O conto da Cinderela nos revela uma narrativa sobre a superação e o crescimento. A moça, que é rejeitada pela família, sente-se sozinha e desamparada, mas através de sua busca interior e criatividade consegue criar um mundo novo para si, tornando-se uma personalidade única, e não superficial como suas irmãs.
O sapato que Cinderela deixa cair ao sair do baile simboliza a liberdade de poder caminhar com segurança e é por meio dele que a jovem consegue se encontrar com o príncipe.
[6] A narrativa traz uma garota de capuz vermelho, objeto que simboliza seu crescimento e "menarca" (primeiro ciclo menstrual). A menina está em fase de desenvolvimento e precisa passar por algumas provações para alcançar maturidade. A presença do lobo nos fala sobre a perda da inocência e as consequências de confiar cegamente nas pessoas mal-intencionadas. Assim, é preciso aguçar a intuição a fim de se proteger.
[7] Em João e Maria, temos uma narrativa que nos fala sobre a consciência de que nem todos os momentos da vida são de felicidade e sobre a busca pela independência dos pais. As crianças representam o lado masculino e feminino em cada um de nós, que, diante do desamparo, adentra o desconhecido (a floresta, no caso) e se perde, sem saber como voltar para casa, mesmo deixando "pistas" no meio do caminho.
[8] Hans Christian Andersen (1805-1875) foi escritor dinamarquês, autor dos contos infantis, tais como Soldadinho de Chumbo, Patinho Feio, A Pequena Sereia, A Roupa Nova do Rei, entre outros. Hans ficou órfão de pai com apenas 11 anos. Precisou abandonar os estudos e começou a escrever contos e pequenas peças teatrais. Com 14 anos acompanhou a apresentação de uma companhia de teatro que se instalou em sua cidade. Não perdeu um espetáculo. Terminada a temporada, a companhia seguiu viagem e o jovem decidiu partir também. Com uma carta de recomendação e algumas moedas seguiu para Copenhague em busca de um trabalho. Tímido, desajeitado e inexperiente demorou a encontrar quem lhe desse emprego.
Atraído pelo teatro, insistia em escrever peças. Duas delas chegaram às mãos de Jonas Collin, um conselheiro de Estado, que lhe ofereceu uma bolsa de estudos.
Devido sua importância para a literatura infantil, o dia 2 de abril - data de seu nascimento - é comemorado o Dia Internacional do Livro Infanto-juvenil. A medalha Hans Christian Andersen é entregue anualmente aos melhores escritores desse gênero. No Brasil, a primeira escritora a receber a premiação foi Lygia Bojunga. Muitas de suas obras foram adaptadas para a TV e para o cinema.
[9] A história nos fala sobre aceitação e pertencimento. O patinho, depois de ser muito humilhado e experimentar sentimentos de angústia, desamparo e baixa autoestima, consegue se dar conta de seu valor. Isso porque ele descobre que, na verdade, estava inserido em um ambiente que não era o seu por natureza, pois ele era um cisne.
[10] O gato de botas, todos os personagens são masculinos, tanto o pai quanto os três filhos, e não há a presença de uma mãe. Assim, o conto nos revela uma perspectiva da psiquê masculina e a busca pelo seu lado feminino, anima, segundo o psicanalista Carl G. Jung. A anima é colocada na história através do gato, que mesmo sendo macho, representa a força feminina. Podemos concluir isso ao olhar para mitos e deuses antigos, como Bastet, deusa egípcia com cabeça de gato.
[11] Em Rapunzel, a mãe da menina representa um desejo incontrolável pelas coisas materiais, que surge e não mede consequências, sacrificando até mesmo a filha, ou seja, seu potencial criativo.
Assim, a garota é entregue a uma bruxa que a aprisiona no alto de uma torre, isolada do mundo externo. A torre é o símbolo da ignorância. A visão de mundo que Rapunzel adquire provém apenas do olhar da bruxa, que representa sentimentos de posse, dominação e mesquinhez.
[12] James Orchard Halliwell-Phillipps (nascido James Orchard Halliwell; 21 de junho de 1820 - 3 de janeiro de 1889) foi um estudioso de Shakespeare inglês , antiquário e colecionador de rimas infantis e contos de fadas ingleses .
[13] Um das histórias populares portuguesas, passadas de geração em geração pela tradição oral, é o ‘Conto da Carochinha’, no qual uma pequena carocha (ora representada por um besouro-fêmea; ora, por uma barata) procura por um noivo, vindo a se casar com João Ratão.
Na fábula original, a carochinha cantava na janela para conseguir um pretendente: “Quem quer se casar com a carochinha/ que é bonita e perfeitinha?”. Na versão brasileira, a barata grita: “Quem quer casar com a Dona Baratinha que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?”
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 13/07/2021
Reeditado em 14/07/2021
Código do texto: T7298918
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