O Barba Azul e a donzela ingênua
Por muito tempo aquele homem asqueroso de aparência horripilante, enganava moças inocentes e ninguém conseguia desmascará-lo ou descobrir seu segredo. Não sabia ao certo o seu nome. Era conhecido como Barba Azul, por causa da cor de sua barba. Era um homem enigmático. Logo quando aproximava das moças era rejeitado. Ninguém inicialmente se interessava por ele.
Certo dia conheceu três belas jovens que estavam aguardando pretendentes. As duas jovens mais velhas e mais experientes perceberam que havia algo estranho, além de sua barba. Adveio que a mais jovem sentiu seduzida por aquele homem de aparência pitoresca.
Casou-se com ele e foi morar em seu castelo de três andares que ficava no bosque. Ocorreu que logo depois do casamento, o marido precisou fazer uma viagem e antes de sair recomendou:
- Você é livre para fazer o que quiser. Pode abrir todas as portas que há no castelo; menos a desta chavinha. A jovem respondeu que havia entendido, despediu-se de seu marido e ele partiu; deixando-a “livre”. Nisto, ela recebeu a visita de suas irmãs, que foram lá com objetivo de desvendar o segredo de seu marido. Elas começaram como em um jogo, testar as chaves nas portas dos aposentos; descobriram a despensa dos mantimentos, do depósito de dinheiro e outros bens. Agora só faltava abrir uma porta que ficava no porão, ao final do corredor.
As três irmãs curiosamente, decidiram abrir aquela porta. Só que lá dentro havia uma enorme poça de sangue, ossos humanos e crânios empilhados. Elas quase morreram de medo. Conseguiram sair do quarto, só que a maldita chave não parava de sangrar.
Neste instante, o Barba Azul chegou e logo descobriu a desobediência da esposa e então planejou matá-la, como fez com as outras. Mas ela rapidamente pensou em uma estratégia para escapar da morte: Gritou suas irmãs; uma veio com um machado, outra com uma foice e ela com a chave sangrando; enfiou-a na garganta do Barba Azul que caiu e morreu na hora.
Desaafio: Releitura de um conto famoso
O Barba Azul é um personagem famoso de origem francesa do conto infantil publicado por Charles Perrault pela primeira vez no livro que ficou conhecido como: Les Contes de ma Mère l’Oye (“Contos da Mamãe Gansa”), de 1697