BRANCA SEM NEVE - BVIW
BRANCA SEM NEVE - BVIW
Branca de neve estava acostumada a levantar-se pra lida sob o domínio da madrasta má. Tamanha sua surpresa ao acordar e deparar-se numa floresta verdejante. Pensou até que tinha escutado algum sapinho, mas não! Levantou-se e acompanhou o som a cada passo mais audível, abriu cuidadosamente uma moita e viu mocinhas e mocinhos dançando seminus com penas na cabeça. Eram super bronzeados e aquilo devia ser uma peça da Broadway. Mas o que ela fazia ali? Será que a tinham mudado de conto? Será que Lewis Carroll resolvera lhe dar um dia de Alice?
- Olha a linda cor de pele daquela gente! Pensou alto, tão alto que um sapinho retrucou: - Sua cor também já não está tão branquinha e não há neve nenhuma aqui. - Oh! Então foi você quem me acordou nestas terras maravilhosas?! - Sim! E o sapinho fez uma carinha das mais cordiais possível antes de prosseguir - Mas não é tão maravilhosa quanto imagina e nada de Lewis Carroll, mas dance. Dance como uma caiçara dos contos de Jaciara Dias. E branca sem neve dançou para que o dia não acabasse. Daria um reino por toda aquela fantasia.
- E agora, o que faço para este sonho não acabar? - Agora você faz escolhas. Aquele povo dançando? Suas aldeias vivem sendo queimadas, suas terras tomadas... e levou branca sem neve por outro caminho, escalaram um monte onde se avistava ao longe um trecho de estrada: o índice de morte em nossas estradas é altíssimo e nas cidades não existem sete anões, mas centenas de ladrões. - Pelo jeito vou ter que voltar pra madrasta má. - Pelo menos na sua história há o sapatinho. - Mas como me trouxe aqui? - Ah... são segredos da literatura. Se eu te contasse por todos os lugares que já andei, pensaria até que sou seu príncipe.
Marília L Paixão
BRANCA SEM NEVE - BVIW
Branca de neve estava acostumada a levantar-se pra lida sob o domínio da madrasta má. Tamanha sua surpresa ao acordar e deparar-se numa floresta verdejante. Pensou até que tinha escutado algum sapinho, mas não! Levantou-se e acompanhou o som a cada passo mais audível, abriu cuidadosamente uma moita e viu mocinhas e mocinhos dançando seminus com penas na cabeça. Eram super bronzeados e aquilo devia ser uma peça da Broadway. Mas o que ela fazia ali? Será que a tinham mudado de conto? Será que Lewis Carroll resolvera lhe dar um dia de Alice?
- Olha a linda cor de pele daquela gente! Pensou alto, tão alto que um sapinho retrucou: - Sua cor também já não está tão branquinha e não há neve nenhuma aqui. - Oh! Então foi você quem me acordou nestas terras maravilhosas?! - Sim! E o sapinho fez uma carinha das mais cordiais possível antes de prosseguir - Mas não é tão maravilhosa quanto imagina e nada de Lewis Carroll, mas dance. Dance como uma caiçara dos contos de Jaciara Dias. E branca sem neve dançou para que o dia não acabasse. Daria um reino por toda aquela fantasia.
- E agora, o que faço para este sonho não acabar? - Agora você faz escolhas. Aquele povo dançando? Suas aldeias vivem sendo queimadas, suas terras tomadas... e levou branca sem neve por outro caminho, escalaram um monte onde se avistava ao longe um trecho de estrada: o índice de morte em nossas estradas é altíssimo e nas cidades não existem sete anões, mas centenas de ladrões. - Pelo jeito vou ter que voltar pra madrasta má. - Pelo menos na sua história há o sapatinho. - Mas como me trouxe aqui? - Ah... são segredos da literatura. Se eu te contasse por todos os lugares que já andei, pensaria até que sou seu príncipe.
Marília L Paixão