Joana que não era D'arc estava apaixonada por Wilson. Ela era uma moça tímida, normalista, já último anos. E, sonhava com o concurso que iria prestar para ser professora na Escola Técnica Estadual. Wilson, era rapaz mais modesto, deixara os estudos ainda no segundo ano ginasial e, trabalhava como mecânico na oficina do tio. O pai de Wilson falecera quando era muito jovem e, logo teve que ajudar em casa. A mãe de Wilson não simpatizava com Joana, pois entendia que a moça era muito refinada diante da rudeza do filho. A mãe de Wilson era Ofélia que não acreditava que os opostos se atraem. Ao revés, acreditava piamente que os dois compunham uma mistura explosiva. Ficava chateada toda vez que Joana incentivava o namorado ir para supletivo e completar os estudos. Quem sabe, cursar uma faculdade de Engenharia?... Enfim, Joana sonhava...e, Ofélia espraguejava enquanto que Wilson se matava de tanto trabalhar. Apesar dos perigos, o romance deslanchava... Joana passou no concurso, e foi escolher lotação na Secretaria de Educação... e, lá encontrou justamente Ofélia... que também havia feito o mesmo concurso. Entreolharam-se, as almas se encresparam como pelos de gatos. E, enfim, Ofélia interpelou Joana: - Enfim, que bom que nos encontramos. Vou ser sincera com você... você não é moça para o meu filho. Ele é humilde, e você é muito sofisticada... Ele não vai poder lhe dar o que você está acostumada... Joana, com ar blasè, respondeu: Ivan Lins é quem tem razão... um novo tempo, apesar dos perigos... Estamos na luta para sobreviver.