O Informante
Na altura da madrugada, em plena pandemia… Onde até os animais vivem o período de reclusão. Pingo, o cachorro de dona graça, dormia em sua caminha dividida com Mimi, a outra cria da casa desde pequena. Quando, em determinado momento, o cão despertou e não viu a sua companheira ao lado.
Olhou pela greta do portão, como de costume e naquela madrugada, de luar viu Mimi assentada sobre o seu rabo apreciando e sentindo a brisa fria da baia do Guajará arejar os seus pelos. Como a se curvar as suas limitações e as prerrogativas dos seus donos de não poder sair, ele começou a latir, latir, latir… Mas a gatinha, olhava pra ele e com um jeito desdenhoso, como se estivesse fazendo deboche, visto que os donos dormiam naquele momento e não tinha como eles levantarem para checar os alarido; ela como se sorrisse, apenas ignorava.
No entanto, devido a tamanha insistência do cão, o filho da dona Graça acordara e resolveu ver o que estava ocorrendo. E descendo as escadas seguindo a cozinha, fez uma varredura de olhar em todo o salão da sala, vê o Pingo e não vê a Mimi. Contudo segue a cozinha pra ver se há algo diferente e na sua procura não encontra nada a não ser deparando com a atitude desconfiada de Mimim, que vem desfilando em sua direção.
Em sua análise ele conclui, que os latidos do pingo nada mais eram, por causa da Mimim, que deveria está fora de casa; bem como surgimento repentino dela na cozinha…Ela teria observado a luz acesa e movimentos na escada, por isso retornava em passos calmos. Assim sua dona, sem contar muitas vezes, sentencio-a, carregando-a no colo para dar aquele banho de madrugada, seguindo o que dizia o protocolo de segurança imposto pela covid 19.
Como a sorrir por último, Pingo, a vê chegando do quintal, ensopada pra se aquecer, com a choramingar a denúncia do cãozinho, muito bem acatada por sua dona.