Naquele dia, Lúcia estava lembrando de seu pai. Uma figura tão forte em sua vida! . Sua feição era sempre calma, andava devagar, olhando em volta, como se estivesse sempre apreciando o mundo. Tinham passado por tantos problemas em família, e quando isso acontecia, ela sempre procurava pelo seu rosto, o que lhe trazia tranquilidade. Tinha mãos bondosas, macias, que sempre lhe davam conforto.
Estava agora para tomar uma decisão dificil, e lembrou-se de anos atras quando estava em seu quarto, com a porta fechada, chorando, pois havia terminado com um longo relacionamento.
Naquele dia ouviu duas batidas leves na porta. “Posso entrar, filha?” Ela enxugou as lágrimas rapidamente enquanto ele entrava. Sentou-se ao lado de sua cama, olhando em seu rosto daquela forma bondosa. Segurou suas mãos, olhando-a nos olhos. E começou a falar: “Todos nos temos dentro de nos uma parte forte, aqui dentro” (e colocou a mão no coração). “Essa parte, filha, é como um pedaço de ferro: duro, firme. E nessas horas, precisamos encontra-la. É a razão, e eu a chamo de “o meu coração de ferro”…
Colocou a mão no bolso e estendeu-lhe um pequeno objeto. “Esse coração guardei-o por muitos anos. Eu o achei um dia quando estava em uma das minhas caminhadas, e tentando resolver um problema muito difícil. Segurei-o na mão, e senti uma força muito grande dentro de mim. Deixo-o agora com você. Guarde-o, e quando precisar, aperte-o entre suas mãos! Foi envolvida na lembrança desse momento mágico e sentiu um grande impulso!
Levantou-se procurando pelo coração em sua caixinha de lembranças. Apertou-o em sua mão, lembrando das palavras de seu pai e sentiu um grande conforto.
Era a hora de usar a parte de seu coração de ferro.
Tema: A hora de guardar o ferro