NUMA NOITE DE LUAR
Caminhando em noite tarde sob o olhar da lua,
De repente uma voz dócil eu ouvi a me chamar.
E parei e quando olhei vi um brilhoso olhar
De uma dama ao meu encontro, trajada de seminua.
O seu sorriso iluminou-me naquela hora naquela rua,
Em frente à estação de onde “saltei” do monotrilho.
E sobre aquele calçadão encantei-me com tanto brilho
Que emanavam daqueles olhos como a luz do luar.
Aquele olhar a mim olhar naquela noite estelar
Parecia de uma sereia com todo seu encantamento.
Um feitiço inembriou-me no fascínio do momento;
Ela aproximou-se mui respeitosa e majestosa
E naquela brisa da noite houve uma calorosa prosa.
O seu perfume envolvente dos seus poros exalava
Trazendo-me uma embriaguez que a mim, extasiava.
Um desejo no meu corpo aflorou num voraz pulsante
Ao contemplar aquele corpo escultural e elegante.
E numa prosa mais “picante” em instantes já passados
Convidado fui pra conhecer a sua “casa dos pecados”.
Talvez lá em tempos outros, talvez eu tivesse ido,
Embora eu estivesse por ela ali muito atraído.
E a vi como uma dama de nobreza, uma “prenda”
E não só como uma bela com o seu corpo à venda.
Findamos nosso encontro em um “despedir ardente”,
Ela foi de certo modo naquela noite meu presente.
E, porque nada não houve eu fiquei “desesperado”
Independente de eu ser sim ou não compromissado.
Então seguimos cada um no seu rumo em seu caminho
E do jeito que eu cheguei, segui andando sozinho;
Aquela dama seminua permeou meu pensamento
E naquela rua quando passo cada passo é mais atento
Para ver se ainda vejo aquele lindo olhar,
Que numa noite ali eu vi, numa linda noite de luar.