Borboletou Com a Asa Dura 10

Para onde foi o corpo, tumba! Da pupa, à beleza exposta, borboleta em todo seu esplendor, tecida por si mesma, no conteúdo, no agora na forma. A beleza, todos verão. O tecer, foi no casulo, no segredo do seu coração em querer um dia voar com as próprias asas, realizar o serviço.

Para isto, a subordinação, a abnegação à escolha de se conhecer, de ter-se em primeira mão. De lagarta, pagaria o preço de encapsular-se, vivendo no casulo. Na solitude dos dias, tendo ela para ela mesma, viveria na pupa, para no raiar do sol do meio dia, apresentar-se ao público. Bela, esplendorosa, magnífica para o olho que a enxergasse em pleno voo.

A vida é tecida com referências, coadjuvantes, inclusive aqueles oferecidos pelas religiões do mundo.

Quem manufatura, tece a arte das artes, o próprio ser, é aquela que quer ser borboleta um dia, comer da própria comida, ser servida por si mesma em primeira mão do elixir, vida.

Se errar no trajeto, por ignorância de que porta uma essência divina, ou até mesmo vencida pelas imposições externas, sofrerá as consequências, a falha na execução, doença e morte.

Cristo, demonstrando que alcançava a morte e a sublimava, manifestou: “Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.

Chamou para si a responsabilidade, demonstrou pelas obras que este ressignificar era para os corajosos, limpos de mão, e puro de coração.

O ovo de chocolate, o cálice do vinho, e o bocado de pão, o rito que rememoriza no mundo Cristão, o sofrimento, a morte e a ressurreição de Cristo. Para que valeriam se não fossem para atender ao chamado de libertação da alma.

Depois, praticar a religiosidade, saudar os amigos irmãos, praticar o rito da Santa Ceia, ir as cerimônias nos templos, é sentir-se unida aos laços da fraternidade. Beber o cálice, em memória do sangue derramado, comer o bocado de pão, em memória ao corpo de Cristo crucificado em prol da humanidade, é estar desperto o sentimento de pertencimento. Filha de Deus. Eu Sou, Um.

Depois do ressignificado, da chegada ao objetivo, o passado é entendido, perdoado, justificado, besuntado de compaixão, definindo a escolha. Do serviço para à Grande Obra.

Sem ânsia de resultado.

Amém!

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 04/04/2021
Código do texto: T7223749
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