Borboletou Com a Asa Dura 8
Borboletou com a Asa Dura 8
Nesta sexta feira, muitos da cultura do cristianismo relembram o dia do calvário e morte do mestre do Amor.
Duas escolhas, duas motivações. Em todas, a vontade intrépida de Cristo Jesus cumprir o propósito, o “ a que veio” , que fecharia o círculo, cumprindo a missão na cena derradeira no calvário, na crucificação e morte do corpo físico, desenhada a matriz divina Crística à partir de então no inconsciente da Humanidade, unificando as partes imutáveis do Corpo do Filho Unigênito; Pai, Filho e espírito Santo, fazendo, naqueles dois mil e vinte e um anos atrás, a guinada primeira para a humanidade ganhar impulso rumo a evolução da consciência, na busca e alcance da identidade espiritual.
Cristo, a Porta, onde se oferecia como passagem para chegar até ao Pai, que se consumaria com a descida do Espírito Santo dias depois, entre os povos da Terra, seguindo para as moradas celestiais.
Eis o primeiro ato, quando a morte o rondava. Dirigiu até o Monte da Oliveiras para oração. A angústia apoderava do seu coração. Depois de pedir ao Pai para que fosse afastado o cálice do sofrimento, substituiu a sua vontade pela vontade Divina.
“Pai, se queres, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua”. Apareceu-lhe então um anjo do céu que o fortalecia. Estando angustiado, ele orou ainda mais intensamente; e o seu suor era como gotas de sangue que caíam no chão.
Quando se levantou da oração e voltou aos discípulos, encontrou-os dormindo, dominados pela tristeza. 46 “Por que estão dormindo?”, perguntou-lhes. “Levantem-se e orem para que vocês não caiam em tentação!”
Depois da oração que definiu a rota de Jesus, decidindo pela entrega ao Juízo dos homens da Terra, que o condenaram injustamente, foi levado à crucificação e morte.
Saiu do Monte das Oliveiras decidido cumprir a missão, submeter-se à inquisição , terminar de desabrochar para o mundo a sua manifestação, desenhando por atos, a obra de amor incondicional mais linda e sofrida da humanidade.
No calvário, a oração derradeira: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.
Tinha findado a missão, entregando, por si mesmo o espírito a Deus Pai, numa extrema manifestação de obediência e abnegação.
Ainda, sinalizando triunfalmente que veio como intercessor compassivo, amoroso e fraterno por cada alma que aqui iria ficaria, finalizou: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem …”
Quantos hoje passou! Neste hoje ainda sobrevive os atos, as obras do Mestre. Disse: “Eu venci o mundo, vós vencereis.”
Que intimidade é esta que sinto nas palavras ditas! Ele tendo em si cada uma das almas, conhecendo-as por antecipação, certo de que todas venceria o mundo pela Lei do Amor.
Cada palavra que releio do mestre, neste hoje sem fronteiras, descubro-me nele no pulsar fraterno, entranhavelmente!
Suavizando a dor, justificando a mudez, atenuando a indignação, aceitando a estrada, e a peregrinação.