QUANDO A VIDA SE ABRE E SE FECHA!
Deitada na rede, Júlia reflete sobre a vida. Do amanhecer ao anoitecer, portas se abrem e se fecham. Em cada situação, muito apreende e ensina. Ora sente-se agraciada com grandes feitos e superações; ora depara-se com obstáculos e dificuldades, fatores que, além de manterem-lhe portas abertas, projeta-lhe novos ideais e credibilidade no amanhã. Para sua busca, está ciente de que terá de colocar, em sua bagagem, não apenas acertos, mas também erros. Sucesso exige coragem e superação.
O ruído de uma lancha traz-lhe a realidade. Sonhos e esperança são farfalhados e dizem-lhe que, em breve, estará escrevendo um novo capítulo de sua história.
Foram tantas as horas de alegria e de felicidade compartilhadas, naquele fim de semana, que confundiu desejos e anseios com quereres. Dóceis emoções embasaram os dias e as noites.
Na madrugada de segunda-feira, foi acordada pelo ruído da lancha. Um novo caminhar abriu-se. Por um momento, suas mãos umedeceram, mas logo seu coração abrandou-se e deixou-se envolver pela brisa.
Acalentada pelos momentos vivenciados, lembrou-se do soneto “Duas Almas”, de Alceu Wamosy: “Ó tu, que vens de longe, ó tu, que vens cansada, / entra, e, sob este teto encontrarás carinho: / Eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho, / vives sozinha sempre, e nunca foste amada... // [...] // E amanhã, quando a luz do sol dourar, radiosa, / essa estrada sem fim, deserta, imensa e nua, / podes partir de novo, ó nômade formosa! // [...]”
E, ao sentar-se na rede, um papel fixado por um prendedor de roupa, chamou-lhe a atenção. Ao lê-lo, luzes a envolveram e uma intensa paz interior deu-lhe a harmonia e o silêncio desejados.
Inagem - Créditos: Roberta Beckamnn Hoffmann
O ruído de uma lancha traz-lhe a realidade. Sonhos e esperança são farfalhados e dizem-lhe que, em breve, estará escrevendo um novo capítulo de sua história.
Foram tantas as horas de alegria e de felicidade compartilhadas, naquele fim de semana, que confundiu desejos e anseios com quereres. Dóceis emoções embasaram os dias e as noites.
Na madrugada de segunda-feira, foi acordada pelo ruído da lancha. Um novo caminhar abriu-se. Por um momento, suas mãos umedeceram, mas logo seu coração abrandou-se e deixou-se envolver pela brisa.
Acalentada pelos momentos vivenciados, lembrou-se do soneto “Duas Almas”, de Alceu Wamosy: “Ó tu, que vens de longe, ó tu, que vens cansada, / entra, e, sob este teto encontrarás carinho: / Eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho, / vives sozinha sempre, e nunca foste amada... // [...] // E amanhã, quando a luz do sol dourar, radiosa, / essa estrada sem fim, deserta, imensa e nua, / podes partir de novo, ó nômade formosa! // [...]”
E, ao sentar-se na rede, um papel fixado por um prendedor de roupa, chamou-lhe a atenção. Ao lê-lo, luzes a envolveram e uma intensa paz interior deu-lhe a harmonia e o silêncio desejados.
Inagem - Créditos: Roberta Beckamnn Hoffmann