O menino altruísta 
 
Era  costume de Guilherme juntamente com seu pai todos os dias, irem até à esquina levar comida ao mendigo que vivia no ponto de ônibus. Por vezes sua mãe dizia para ele não ir, que seu pai entregava o almoço  e de lá ia para o trabalho. Mas o menino sempre insistia para ir com o pai... Parecia um ritual!
E todas as vezes, puxava conversa com o homem, queria saber de sua vida: seu nome, onde morava, o que gostava de fazer, por que estava ali... Seu pai dizia:
- Não incomode o moço, deixe - o em paz!
Ora ou outra, o homem respondia alguma coisa, mas nunca as que revelavam sua identidade. Mesmo assim o menino persistia em suas perguntas. Se dependesse dele, ficava mais tempo. Seus olhos brilhavam quando estava ali, observando - o no banco;  esvaziando rapidamente á vasilha de comida.
O pai observava a atitude do filho e um dia comentou com sua esposa
- Já reparou que nosso filho não pede para brincar com seus amigos?
A mãe respondeu:
- Ele só pede para ir contigo levar almoço para o  senhor do ponto de ônibus! Ele se preocupa demais em ajudar os outros!
Ocorreu que um dia choveu fortemente e a chuva não cessou o dia todo. E nisso o pai de Guilherme almoçou no serviço. O menino pediu a mãe para ir  levar comida para o morador de rua. Sua mãe não deixou.
Quando o pai de Guilherme chegou em casa, ele já havia dormido...
No outro dia; choveu da mesma maneira...
Aconteceu que depois da chuva ao terceiro dia, quando  o menino e seu pai foram levar comida ao morador do ponto. Não o encontraram... Guilherme subiu no banco do ponto de ônibus para ver se o avistava.... mas tudo fora em vão. Suas coisas também não estavam lá.... O menino olhou para uma estrutura de pedra e viu entalhado os seguintes dizeres:
- Guliherme meu amigo, Deus o meu Pai, te recompensará por tudo!


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