ENTÃO, TÁ (BVIW)
Ora, ora, não tenho como seguir a passos largos para lugar nenhum uma vez que os meus passos são curtos e não me levam além da porta, sem contar que as minhas distâncias são abstratas. Contudo, devo confessar as minhas fraquezas: se ando a passos largos eu sempre caio e não fica só nisso, caio quando falo, caio quando silencio, caio quando escrevo, caio quando penso. E como se não bastasse sou tomada por uma ânsia de querer compreender o tudo de tudo. E por não compreender não chego à conclusão nenhuma... E eis que me é dito: você tem que aceitar os “desígnios” sem questionar. Com aquela sensação de vencida eu respondo: então, tá.
Deixando-me de lado, vou relatar o que aconteceu com um amigo meu na noite passada, que me deixou apreensiva, o amigo é o Eduardo, que você não conhece . Contou-me o Eduardo, que depois do segundo assalto sofrido, ontem quase não conseguiu dormir e do pouco que dormiu, acordou perdidão e nem mesmo tinha certeza se estava vivo ou morto. Levantou-se disposto a se livrar do pesadelo e tocar o barco pra frente e feito Ulisses viver a sua odisseia . Abriu a porta e sem barco nem tripulação partiu na intenção de fazer a travessia de “Deus e da danação” Cobriu a cabeça com um boné, colocou óculos escuros e duas máscaras, segurou com força um bastão. Não foi muito longe, na primeira esquina confundido com um meliante, foi detido por dois policiais, preso e algemado, sem muita conversa jogado dentro de um camburão e levado para se explicar com o delegado, como era ficha limpa e com diploma de doutor foi liberado, mas o ocorrido deixou sequela, o meu amigo não quer mais sair de dentro de casa. Embora reconheça a minha falta de autoridade pois vivo enclausurada também, até mandei este recadinho pra ele e que me foi dado outro dia: Se o caminho é estreito não se aflija, não pare, siga; lembre-se que o sol com a sua imensidão atravessa frestas .
Deixando-me de lado, vou relatar o que aconteceu com um amigo meu na noite passada, que me deixou apreensiva, o amigo é o Eduardo, que você não conhece . Contou-me o Eduardo, que depois do segundo assalto sofrido, ontem quase não conseguiu dormir e do pouco que dormiu, acordou perdidão e nem mesmo tinha certeza se estava vivo ou morto. Levantou-se disposto a se livrar do pesadelo e tocar o barco pra frente e feito Ulisses viver a sua odisseia . Abriu a porta e sem barco nem tripulação partiu na intenção de fazer a travessia de “Deus e da danação” Cobriu a cabeça com um boné, colocou óculos escuros e duas máscaras, segurou com força um bastão. Não foi muito longe, na primeira esquina confundido com um meliante, foi detido por dois policiais, preso e algemado, sem muita conversa jogado dentro de um camburão e levado para se explicar com o delegado, como era ficha limpa e com diploma de doutor foi liberado, mas o ocorrido deixou sequela, o meu amigo não quer mais sair de dentro de casa. Embora reconheça a minha falta de autoridade pois vivo enclausurada também, até mandei este recadinho pra ele e que me foi dado outro dia: Se o caminho é estreito não se aflija, não pare, siga; lembre-se que o sol com a sua imensidão atravessa frestas .