Plantando cebolas
Quando eu morava pelas bandas de Minas, lá nos meus dez anos, no sítio de meus pais, gostava muito de plantar alguma coisa na horta, para posteriormente vender e apurar um dinheirinho, para comprar meu pente, meu desodorante, enfim meus "alfinetes".
Plantava várias hortaliças, era um rebu total, pois tudo tem seu tempo, e meus irmãos disputavam canteiros comigo.
Logo cedo ao levantar do dia, com o sol da manhã brilhando, eu já levantava e ia pegar a enxada, o esterco e a semente.
Era um auê, no dia da plantação. E muitas “briguinhas” que logo passavam.
-Norma, o canteiro da frente é meu, dizia meu irmão Paulo, vou plantar alho e pimentão
- O meu é o do fundo, dizia a Ana Lucia, e vou plantar alho e quiabo.
- Pois o meu é da direita, dizia a Isa e vou plantar alface e couve.
Deixei a turma “brigando” e já caminhava mesmo é para o meio da horta, perto do poço de água.
-Querem saber, vou mesmo plantar é cebolas e pimentas, assim ninguém vai mexer nos meus canteiros.
E terminava uma safra e vinha outra, eu já não tinha mais onde engolir minhas lágrimas ardidas, nas colheitas das cebolas e das pimentas. Mas minha alma engolia todo sofrimento, quando via as moedas na hora da venda, e ver que sempre valia a pena, tanto trabalho.
Cada um ia com a sua cesta na feira, vender suas colheitas, e cada um voltava com suas comprinhas, felizes para casa. Ainda sinto o cheiro das hortaliças e as vozes dos meus irmãos na labuta da horta. Dias felizes que se foram. Mas que ficaram na memória afetiva para se recordar. Entretanto, havia tempos que a colheita não era tão boa, o tempo não ajudava...ora sol, ora chuva demais...
Mas que qualquer forma, plantar e mexer na terra era maravilhoso, Tempos idos, em que a gente se virava para conseguir alguns trocados, afinal, viver na roça era assim. Plantar e colher...
Quando eu morava pelas bandas de Minas, lá nos meus dez anos, no sítio de meus pais, gostava muito de plantar alguma coisa na horta, para posteriormente vender e apurar um dinheirinho, para comprar meu pente, meu desodorante, enfim meus "alfinetes".
Plantava várias hortaliças, era um rebu total, pois tudo tem seu tempo, e meus irmãos disputavam canteiros comigo.
Logo cedo ao levantar do dia, com o sol da manhã brilhando, eu já levantava e ia pegar a enxada, o esterco e a semente.
Era um auê, no dia da plantação. E muitas “briguinhas” que logo passavam.
-Norma, o canteiro da frente é meu, dizia meu irmão Paulo, vou plantar alho e pimentão
- O meu é o do fundo, dizia a Ana Lucia, e vou plantar alho e quiabo.
- Pois o meu é da direita, dizia a Isa e vou plantar alface e couve.
Deixei a turma “brigando” e já caminhava mesmo é para o meio da horta, perto do poço de água.
-Querem saber, vou mesmo plantar é cebolas e pimentas, assim ninguém vai mexer nos meus canteiros.
E terminava uma safra e vinha outra, eu já não tinha mais onde engolir minhas lágrimas ardidas, nas colheitas das cebolas e das pimentas. Mas minha alma engolia todo sofrimento, quando via as moedas na hora da venda, e ver que sempre valia a pena, tanto trabalho.
Cada um ia com a sua cesta na feira, vender suas colheitas, e cada um voltava com suas comprinhas, felizes para casa. Ainda sinto o cheiro das hortaliças e as vozes dos meus irmãos na labuta da horta. Dias felizes que se foram. Mas que ficaram na memória afetiva para se recordar. Entretanto, havia tempos que a colheita não era tão boa, o tempo não ajudava...ora sol, ora chuva demais...
Mas que qualquer forma, plantar e mexer na terra era maravilhoso, Tempos idos, em que a gente se virava para conseguir alguns trocados, afinal, viver na roça era assim. Plantar e colher...