O CAVALO FOFUCHO
Quando eu morava em Paiva, Minas Gerais, numa pequena e hospitaleira cidadezinha do interior, havia no nosso sítio, uma casa aconchegante, onde eu passava a maior parte dos dias. Terra boa e produtiva, montanhas verdes, um rio onde caia uma pequena cachoeira, e belo luar sertanejo. Lá tínhamos algumas vacas, muitos animais, mas o que eu gostava mesmo era do meu cavalo, o Fofucho. Um animal muito doce, castanho com uma estrela branca na testa. Era a alegria do sítio. Era nele que eu fazia pequenos passeios com os filhos Vania e Charles.
Ele tinha uma peculiaridade, não gostava de homens, e na hora de ir pegá-lo no pasto, somente eu conseguia fazer isso, chamando-o pelo nome, e levava comigo uma bacia pequena com algumas espigas de milho, ele ouvia meu chamado e vinha encontrar-se comigo. Eu levava também um cabresto, e vinha montada nele sem o arreio, e como era macio e sedoso o seu pêlo.
Como era muito manso comigo, isso despertava a cobiça de algumas pessoas que ia nos visitar, achavam o cavalo extraordinário, pelo jeito meigo de ser comigo e minhas duas crianças pequenas, que também se aproximavam dele sem qualquer receio. Porém se um adulto homem chegasse perto, era coice e mordida para todo lado, ele ficava estressado e inquieto. Devia ter algum trauma, adquirido, quando era de outro dono.
Um dia o Fofucho sumiu, fui atrás dele, com a cuia de milho, chamei-o várias vezes e nada. Entrei em desespero, Fofucho não respondia aos meus chamados. Voltei para casa triste sem resposta e muito apreensiva.
Fofucho foi enfim, encontrado morto, a noite, perto da cachoeira, com uma grande ferida no pescoço. Até hoje não se sabe o que aconteceu com o meu amado cavalinho. Só restou para mim, muito pesar, saudades e lembranças, a lua engoliu meus sonhos e minhas lágrimas, e nem o seu brilho mágico conseguiu me consolar
BVIW : A lua engoliu (meus) (minhas)
imagens pixabay
Quando eu morava em Paiva, Minas Gerais, numa pequena e hospitaleira cidadezinha do interior, havia no nosso sítio, uma casa aconchegante, onde eu passava a maior parte dos dias. Terra boa e produtiva, montanhas verdes, um rio onde caia uma pequena cachoeira, e belo luar sertanejo. Lá tínhamos algumas vacas, muitos animais, mas o que eu gostava mesmo era do meu cavalo, o Fofucho. Um animal muito doce, castanho com uma estrela branca na testa. Era a alegria do sítio. Era nele que eu fazia pequenos passeios com os filhos Vania e Charles.
Ele tinha uma peculiaridade, não gostava de homens, e na hora de ir pegá-lo no pasto, somente eu conseguia fazer isso, chamando-o pelo nome, e levava comigo uma bacia pequena com algumas espigas de milho, ele ouvia meu chamado e vinha encontrar-se comigo. Eu levava também um cabresto, e vinha montada nele sem o arreio, e como era macio e sedoso o seu pêlo.
Como era muito manso comigo, isso despertava a cobiça de algumas pessoas que ia nos visitar, achavam o cavalo extraordinário, pelo jeito meigo de ser comigo e minhas duas crianças pequenas, que também se aproximavam dele sem qualquer receio. Porém se um adulto homem chegasse perto, era coice e mordida para todo lado, ele ficava estressado e inquieto. Devia ter algum trauma, adquirido, quando era de outro dono.
Um dia o Fofucho sumiu, fui atrás dele, com a cuia de milho, chamei-o várias vezes e nada. Entrei em desespero, Fofucho não respondia aos meus chamados. Voltei para casa triste sem resposta e muito apreensiva.
Fofucho foi enfim, encontrado morto, a noite, perto da cachoeira, com uma grande ferida no pescoço. Até hoje não se sabe o que aconteceu com o meu amado cavalinho. Só restou para mim, muito pesar, saudades e lembranças, a lua engoliu meus sonhos e minhas lágrimas, e nem o seu brilho mágico conseguiu me consolar
BVIW : A lua engoliu (meus) (minhas)
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