A Rega Certa BVIW
(Imagens Google)
Helena era tão romântica, vivia com os olhos no céu, admirando a lua, falando com as estrelas, pegando carona nas manhãs ensolaradas, nas brancas nuvens recheadas em tantos sonhos com seu príncipe encantado; vivia escrevendo, romantizando tudo, desde uma simples frase até a maldade narcísica dos velhos lobos famintos, querendo fazer refém vários corações "ingênuos", pelo simples prazer do próprio umbigo.
Helena era daquelas que chorava, se entregava as emoções, fiel a ela mesma, ao que sentia; e o lobo, já sabe, já vinha contraindo sua mandíbula, em seus risos sinistros e olhar desumano, próprio do caráter de quem faz parte da alcatéia.
Helena continuou acreditando no amor, esse jamais morrerá, afinal de contas, há tanta gente boa no mundo, transparente e verdadeira, de brio, honradez; se tornou mais esperta, o tempo passa ensinando, abre um leque, saber amar é para quem merece e paga o preço, é para o coração amadurecido que sabe o que quer, um tanto puro, respeita o outro, não o vê como um "qualquer"; hoje ela só mostra seu coração depois de um certo tempo de conhecimento, depois que descobre o caráter, se realmente é uma pessoa que cumpre sua palavra, ou se suas conversas são feito poeira no tempo que...cof...cof...cof...é um tossir constante.
Helena aprendeu bem a lição, se escuta, se vê, hoje é apaixonada, ama a mulher que se tornou, segura do que quer, dona do que construiu dentro de si, já não procura fora o que somente no interno encontra, o amor próprio sustenta, alimenta, mantém em pé, como música para seus ouvidos, fala sempre em voz alta:
" Te rega por dentro, e seja a flor que mora em teu ser."