Cair Levantar Vencer BVIW 



 



Tássila era mulher forte, não que sentisse assim, só via quando passava os barrancos da vida, que no alvoroço, procurando uma saída, quase morta, via que tinha dado conta daquela que parecia sua sina, lutar sozinha, no meio de tanta gente; olhava ao redor, confiava em quem não devia, só que a força do alto, sempre a protegia.
Coração de ouro, uns tiravam proveito, sensível, mas uma árvore frondosa por dentro, uma tora, de caule imenso, regada pelas gotas do céu que umedecia aquele solo quase seco em se tratando do coração que esperava receber amor; quase ressecou seu jardim interno, mas sempre brotava, afinal, quem veio para trazer flores, já vem preparada para aguentar os estrumes, que acaba fortalecendo, fazendo com que toda primavera o desabrochar fosse mais lindo, deixando os inimigos sem entenderem, ela até orava a DEUS para que todos eles fossem abençoados, deixando ela de lado, pois nunca planejara mal algum. Eles apareciam como moscas, em vez de procurarem serem abelhas no meio de flores, achando a doçura para fabricar o mel que dá sabor e vida, fazendo com que as batalhas fossem amenizadas, as histórias mais risonhas, alguns sofrimentos evitados.
Ela falava para si: "Será que se eu não tivesse passado tanta coisa eu teria aprendido tanto, mantendo minha fé mais forte, com mais vida? Há  um preço para a subida, e chegar a ver, ser e sentir as coisas além daqui, exige algo, a começar, o ego, tem que ser tirado enquanto eu viver, árdua batalha, que tira do encantamento do era uma vez dos contos de fada e leva para o era uma vez, e acabou, da realidade que exige a coragem. A vida não vem com ensaios, é palco vivo que se age no momento do acontecido; lutarei bravamente, caindo e levantando, vou vencendo na mão do criador."


Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 12/01/2021
Reeditado em 12/01/2021
Código do texto: T7158045
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