Sarah fez um concurso na capital do país. Infelizmente, a capital ficava bem no interior da região centro-oeste. Brasília, a capital da república. Cidade estranha, toda projetada, desenhada sobre um avião. Então tem o Plano Norte, Plano Sul e, ainda, o Lago Paranoá. Artificial e aquoso. Sarah acabara de atingir a maioridade e aspirava muito ter autonomia financeira. Os três dias que ficara no lugar para realizar as provas e, por derradeiro, haveria uma prova oral. Um desafio psicológico extremo.
Voltou para o hotel cabisbaixa e cansada. Arrumou a mala e mochila. Trocou os sapatos. E cumpriu um ritual de mexer os dedos dos pés... como se pudessem libertar-se do chão... O concurso era de oficial de chancelaria. Sarah não tinha a menor ideia o que iria fazer. Mas, sabia que etiqueta era fundamental. Leu pelo menos dois manuais de etiqueta um em português e outro em francês. Por incrível que pareça o estrangeiro era mais simples. A terra barrenta sujara seus sapatos. É proibido usar branco na capital. Melhor mesmo é usar laranja, porque assim disfarça. Fez a saída do hotel e entrou no táxi em direção ao aeroporto. Suava intensamente, o clima no planalto central era seco... como diziam alguns dava para cortar com uma faca... ou pelo menos um estilete. Chegou no aeroporto. Identificou-se, despachou a mala, mas ficou com a mochila sua companheira discreta e indispensável pois guardava todas as bobagens necessárias. Quando finalmente adentrou a aeronave, lembrou-se que esquecera os brincos... no banheiro do hotel. Mas deixou para lá... afinal, estavam sujos do indefectível barro republicano.
Voltou para o hotel cabisbaixa e cansada. Arrumou a mala e mochila. Trocou os sapatos. E cumpriu um ritual de mexer os dedos dos pés... como se pudessem libertar-se do chão... O concurso era de oficial de chancelaria. Sarah não tinha a menor ideia o que iria fazer. Mas, sabia que etiqueta era fundamental. Leu pelo menos dois manuais de etiqueta um em português e outro em francês. Por incrível que pareça o estrangeiro era mais simples. A terra barrenta sujara seus sapatos. É proibido usar branco na capital. Melhor mesmo é usar laranja, porque assim disfarça. Fez a saída do hotel e entrou no táxi em direção ao aeroporto. Suava intensamente, o clima no planalto central era seco... como diziam alguns dava para cortar com uma faca... ou pelo menos um estilete. Chegou no aeroporto. Identificou-se, despachou a mala, mas ficou com a mochila sua companheira discreta e indispensável pois guardava todas as bobagens necessárias. Quando finalmente adentrou a aeronave, lembrou-se que esquecera os brincos... no banheiro do hotel. Mas deixou para lá... afinal, estavam sujos do indefectível barro republicano.