Tema da semana: A Volta (conto)
Um vírus, famigerado vírus, nasceu na China e recebeu a marca MADE IN CHINA. Foi exportado para o resto do mundo. Deu uma volta inteira no planeta, sendo muito bem recebido em alguns países, como Estados Unidos, Brasil, Índia e Rússia. Não foi bem-vindo em outros, como o Japão, Uruguai, Marrocos e Tunísia.
O fato é, que enquanto a terra deu volta ao sol, fazendo o movimento de translação de janeiro a dezembro de 2020, a pandemia deu volta ao mundo.
Tirando a visão macro da pandemia, vamos prestar atenção na vovó da casa na Rua das Flores. É uma casa pequenina, mas tão cheia de plantas, de cortinas de renda e de paz. Os canarinhos adoram comer o fubá que ela lhes dá no comedor de madeira, pendurado no pé de amora. E os pardais fazem festa no bebedouro da gatinha Abigail. A vovó é cheiinha, bonita na sua idade, cuidadosa consigo. É pintora e tem seu atelier no quarto cuja janela enorme dá para o oeste. Ela tem paisagens inéditas do pôr-de-sol diariamente. A vovó gosta de música e tem bom gosto. Sua casa é agradável, cheirosa e melodiosa. As paredes são ornadas com os seus quadros e com os de Monet, nos quais se inspira. É uma mulher que gosta da vida e dos vivos.
Mas...
No cavalete, o quadro que estava sendo pintado vai esperar a eternidade para ser concluído. Os pincéis estão inertes sobre a mesa e um vidro de tinta está aberto, condenado ao ressecamento de pedra. Os canarinhos dão bicadas no vidro da janela, como perguntando pelo fubá. E as cortinas estão inertes, tristemente penduradas na solidão das paredes.
O nome da tristeza e da ausência é COVID-19.
Um vírus, famigerado vírus, nasceu na China e recebeu a marca MADE IN CHINA. Foi exportado para o resto do mundo. Deu uma volta inteira no planeta, sendo muito bem recebido em alguns países, como Estados Unidos, Brasil, Índia e Rússia. Não foi bem-vindo em outros, como o Japão, Uruguai, Marrocos e Tunísia.
O fato é, que enquanto a terra deu volta ao sol, fazendo o movimento de translação de janeiro a dezembro de 2020, a pandemia deu volta ao mundo.
Tirando a visão macro da pandemia, vamos prestar atenção na vovó da casa na Rua das Flores. É uma casa pequenina, mas tão cheia de plantas, de cortinas de renda e de paz. Os canarinhos adoram comer o fubá que ela lhes dá no comedor de madeira, pendurado no pé de amora. E os pardais fazem festa no bebedouro da gatinha Abigail. A vovó é cheiinha, bonita na sua idade, cuidadosa consigo. É pintora e tem seu atelier no quarto cuja janela enorme dá para o oeste. Ela tem paisagens inéditas do pôr-de-sol diariamente. A vovó gosta de música e tem bom gosto. Sua casa é agradável, cheirosa e melodiosa. As paredes são ornadas com os seus quadros e com os de Monet, nos quais se inspira. É uma mulher que gosta da vida e dos vivos.
Mas...
No cavalete, o quadro que estava sendo pintado vai esperar a eternidade para ser concluído. Os pincéis estão inertes sobre a mesa e um vidro de tinta está aberto, condenado ao ressecamento de pedra. Os canarinhos dão bicadas no vidro da janela, como perguntando pelo fubá. E as cortinas estão inertes, tristemente penduradas na solidão das paredes.
O nome da tristeza e da ausência é COVID-19.