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Aquela espécie de “cachimbo” passava de mão em mão enquanto eles ouviam um Funk de favela. Adoravam músicas do gueto, mesmo nunca tendo visto um gueto na vida. Isso é como os homens que curtem filmes de Faroeste, mesmo sabendo que nunca conhecerão o velho Texas, mas estava tudo ok. Bebiam também cervejas quentes, (pois ninguém lembrou de trazer isopor com gelo) … Estavam altos, mas ainda não estavam bêbados ou chapados… Só que fingiam que estavam, pois era divertido. 

De longe, brilhou-se uma luz… Como “A luz no fim do túnel”, como uma Esperança, como um OVNI… 

Ela vinha crescendo e crescendo, um pequenino farol, que cresceu, cresceu, até que afinal se aproximou ligeiramente. Cibele estava paranoica por ter provado umas “Trufas do sabor esquisito” e atirou seu baseado no chão pisoteando-o pela grama;
“A casa caiu…!” – Sussurrou com olhos de pânico, sem suspender a cabeça… Todos desabaram em gargalhadas. 

Estavam num gramado de uma praça vazia em frente ao mar de Guarajuba, bem próximo de Salvador, portanto com ressaca ou não… retornariam na manhã seguinte. Cibele sorriu, sem graça. Na verdade odiava que rissem dela e até mesmo PRA ela… evitava ser o centro das atenções. Mas deixou a zanga de lado, pois a "aparição", que era apenas um farol de motocicleta e o cara que a pilotava – roubava-lhes toda a atenção… e chegou estacionando bem pertinho deles. 


 – Mas é o JORGE! – Gritou um dos rapazes, com um ar misterioso… – Cibele nem se deu o trabalho de tentar identificá-lo. Era apenas mais um doido. 
 – Ah… É ele mesmo. Já, já ele vai embora… Ele nunca fica. - Disse alguém...
 

O rapaz desceu da motocicleta, carregando um violão nas costas. Usava um Blue-jeans surrado e uma jaqueta preta alá “Grease”. Tinha um topete démodé e tanto gel no cabelo que nem mesmo com o vento da praia os fios se mexiam… Cibele sorriu. A imagem dele era… divertida.

*CONTINUA