A águia e a escrivaninha

Meu antebraço se esticou no meio fio , não era de se esperar que as astes emergissem no candelabro , fortes eram os ventos que gorgeiam em direção ao leste , macias são as folhas que renovam os sinos e que caminham a oeste ,nem tão doce e serena era a nobre águia , nem tão áspera e presunçosa era a escrivaninha ,assim os sóis que envolvem as camadas da mariposa se entrelaçam na mais linda contemplação, numa concatenação ao objeto que envolve, questiona ,satiriza e dá formas a sustentação de uma gigante e ao mesmo tempo pequena, casa , antecedendo a inércia e a cordilheira ,em linhas orquestrais, no buraco do olho da fechadura . Envolta de muitos planetas ,sou a própria estrela o próprio universo, me desmonto em lápides me refaço em madeira me transformando em ave ligeira .Alimento ,o pão , o joio , o trigo o encontro de duas esferas , não sou mais aquela fera , escreveram letras em minha face, longa ,pequena e comprida , o arranha céu me mostrou mais um substantivo

Grandioso é o canto do pássaro que se estica em linhas harmônicas e luminosas , de uma leveza magistral é o vôo da borboleta , onde caminha a fagulha do pensamento , o mistério do universo , onde eu possa sentir ,onde eu possa tocar o mais limpo poço estarei de olhos abertos pra aplaudir todas as etapas do mais belo espetáculo.

Daniel Nascimento
Enviado por Daniel Nascimento em 03/12/2020
Código do texto: T7126833
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