Os dezoito mortos / vivos.
Este conto se baseia em fatos reais, acontecidos no período de janeiro de 1976 a dezembro de 1978.
Para algumas infortunadas pessoas, isto é, exatamente dezoito “felizes” funcionários, a vida saudável somente começava as 17:00 e terminava as 08:00 horas do dia seguinte. Ocorria que no período de trabalho, ficava caracterizada verdadeira morte lenta de todos que lá se encontravam, em virtude do comportamento autoritário, maldoso e até covarde, por parte da chefia da seção, de nome Luci de Tal, conhecida como lúcifer.
A “macabra” engrenagem administrativa funcionava com a “papa-defunto”, sem envenenar ninguém, preparando o “mausoléu” de cada um, pois aplicava injeções de picardia e injúria, ministrando fortes doses de leviandade, proporcionando um grande mal - estar no ambiente. Tudo isso com o objetivo único de obter um melhor rendimento funcional o que, se alcançado, a colocaria em posição de superioridade perante as demais chefias.
Parecia incrível, mas a situação daquelas malfadadas criaturas assemelhava-se a um terrível quadro onde o infeliz animal, ao se debater no pântano movediço, mais se afunda. Assim era a realidade, porquanto ao tentar se defender, o funcionário se emaranhava todo em um foco de disse-me- disse, no qual era ele o único culpado, sobressaindo-se incólume e triunfante a senhora Luci, a qual ainda se considerava a principal vítima.
A história chega ao seu final, com o “enterro” do infeliz “burrocrata” sendo levado a feito no “cemitério da injustiça” e a “certidão de óbito”, na realidade, uma advertência verbal concedida pela própria “Lúcifer.”
Obs: Este pequeno conto, um pouco satírico, foi redigido, originalmente em 20 de junho de 1978, por este escritor, quando fazia parte do quadro de funcionários da respectiva seção administrativa, local em que se verificaram as irregularidades em questão.