Estavam os escolhidos, perplexos. De fato, pasmos... Rentes ao derradeiro abismo. Nuvens bailavam ao cêu. Poderia estar entre eles, porquê não? Densas névoas evaporavam ao sol. Como um deus, ria-me do entardecer. A vida incomunicavél, disfarçava sua indiferença pelo destino. Aprisionado às horas, acostumei-me a tal condição, sempre negando. Porém, frente ao perigo, houveram gritos e pavor, e os "bons" titubearam. Estarrecidos todos, ante ao precipício, relembraram suas conquistas e também a vida, com sua miríade de possibilidades. Saudaram a faculdade do largo espectro e a liberdade de escolha. Ainda que não fossem mais guiados por paixões verdadeiras. Mas sim, mentiras...
(Macaé 2005-Itaipu 10/2020)