O massacre das formigas
A manhã corria de sol já alto e forte. A areia quente e fina era levada pelo vento e chegava às raízes das plantas do Cerrado. Era nesse lugar que havia um formigueiro: bem na raiz de um cajueiro.
A mulher chegou com uma caixa numa das mãos e uma pá na outra. Colocou o conteúdo da caixa no chão, espalhando cuidadosamente na terra o pó rosa e, verificando, se todas as partes do formigueiro eram cobertas por ele.
Diariamente, a cena se repetia em alguma das plantas quando a mulher ia aguá-las. Ela sorriu, soltou alguma palavra de vitória e ficou olhando as formigas se alvoroçarem e caírem na entrada do formigueiro. Algumas delas ainda tentaram escapar, mas a mulher revirava a terra com a pá arrastando-as para o local com o veneno.
As formigas, rapidamente, foram se aquietando e o chão se tingiu do rosa do pó e do vermelho dos corpos das formigas. Foi um massacre em massa. Estavam todas mortas.
A mulher então caminhou para casa e guardou a caixa de veneno e a pá.