A rua de minha casa
A rua de minha casa se chama Araúna. Para atravessá-la não corre o risco de ser atropelado por automóveis. Os cascalhos são guardiães da inocência e da humildade. Vivem com serenidade. Até mesmo com qualquer idade. A iluminação tenra. Um assovio serve para convidar os amigos para uma pelada de rua. A bola, um capotão já surrado.
Meio dia, escuta o apito da sirene no grupo escolar. No meio da tarde a merenda servida. Uma sopa de trigo, até mesmo um pão com manteiga e café com leite, matavam a fome dos alunos. Fome que tirava a atenção ao quadro negro.
Aprendia aritmética, aprendia como escrever nossa língua. Deixada pelos exploradores da terra após o ano de mil e quinhentos. Depois do nascimento de cristo. Deram vários nomes nessa terra, já habitada pelos índios. Até o esplendor do pau Brasil. Quando titularam nossa terra de Brasil.
Araúna está dentro desse Brasil. Solitária que permitem aos moradores da cidade de Guapé chegarem às singelas casas. Confortáveis pela humildade e honestidade dos moradores. Meus vizinhos de fé e admiração pela beleza e pela tranquilidade de morar bem.
Hoje encontramos nesta rua muitas mudanças. Em nome do desenvolvimento e do progresso nem o grupo de lata como era conhecido, não existe mais.
Muitos moradores saíram para aventurar em conhecer novos horizontes e conquistar futuro melhor.
A saudade trás de volta para novas brincadeiras, novas amizades e admirar novas paisagens.
A igreja São Francisco, com novo padre, recebe as pessoas de bom coração para fazer uma boa oração.
Quando em Guapé voltar, quero encontrar a rua Araúna mais florida, varrida e bem calçada. Para que as pessoas que tem idade igual a minha possam caminhar sem tropeçar. Se cair os joelhos não esfolar e respirar um ar mais fresco com cheiro de flores.