Impressão
Quase meio-dia. Peguei meu capacete e o coloquei na moto. Então, entrei no banco. O atendimento me pareceu rápido, talvez por meio de semana. Saí de lá com um sorriso íntimo. Todavia não foi pelo atendimento. Uma mulher, gemendo, lia algo no celular dela. E ela, sem dúvida, deve ter se esquecido de onde estava.
Em certo momento - ela estava sentada junto a mim antes do atendimento - senti que a mulher passava as mãos nos seios, e instantaneamente me aproximei curioso.
A mulher mudou a página do celular numa habilidade incrível.
- Um documentário sobre o câncer de mama- disse-me.
- Doença horrível - eu comentei.
Mas sei bem que os gemidos não eram de dor. Desde então, analiso o que leio na internet quando não estou em casa.