Dirigindo a monotonia.

Certa manhã, um motorista de ônibus, se prepara para começar sua rota, praguejava a sua vida e trabalho monótono.

Ao se aproximar do primeiro ponto, notou o que não havia ninguém, o que era comum para essa rota. Vai se aproximando devagar, e para o coletivo, como manda o regulamento, respira entendiado e ainda com as portas abertas da partida no carro e avança devagar, em uma velocidade baixa e constante. Ao olhar no retrovisor direito ele nota um rapaz, ele corre na tentativa de alcançar a condução, o motorista notando a determinação do rapaz, sorri e continua caminhando com carro, numa velocidade sádica, nem rápido o o suficiente para matar esperança, nem devagar demais para que tosse possível.

Ele ria, gargalhava como se não houvesse amanhã, ele via o rapaz, que corria de forma incansável, até que em fim seu dia começava a ficar bom, as gargalhadas lhe faziam bem, então ele notou o rapaz ficava mais distante, ele tinha desistido ou parado e com ele a risada do chofer.

O condutor sadico decide então, finalmente parar o veiculo, faz um sinal com a mão, o garoto vê aquilo sorri, e agora andando se aproxima do ônibus, sobe e de forma sínica falar - desculpe eu não tinha te visto. O garoto esbaforido ainda, recuperando o ar, e tendo dificuldades de falar e respirar engole a seco e diz : tudo bem, isso acontece, agora por favor tire as mãos do volante, isso é um assalto!

Paulo Alcides
Enviado por Paulo Alcides em 27/08/2020
Reeditado em 28/08/2020
Código do texto: T7047943
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