O sonho lúcido
De repente eu tive um sonho. Eu estava em frente a um espelho confessando no meu próprio ouvido todos os meus erros. E de súbito fui acertada com um dardo, me assustando ao notar a tatuagem nas minhas costas: um alvo. Na minha mão direita, pendia um arco.
Transformada em borboleta, eu voei adentro do céu da minha boca e estando cansada, tentei pousar na minha língua áspera, em vão. Eu disse alguma coisa, mas a rouquidão da minha voz era demais, então. Fui engolida por um vendaval de emoções, mas não desci ao meu estômago ácido, subi até o meu cérebro sobrecarregado. Agora, sentada na parte de trás dos meus olhos - e no meu colchão - encarando o meu interior, eu me pergunto: eu sou parte da ordem ou parte da confusão?