O AUTISTA ESCULTOR
Prólogo:
...A frondosa árvore o provia de uma fresca sombra. Ali era o seu atelier. Nas mãos, o menino portava um canivete. Era esta a sua única e rudimentar ferramenta. Ele – com maestria singular – o manipulava, aparando as arestas que excediam no tronco para, a este vir a dar a forma desejada. Queria que este madeiro fosse prover à escultura a sonhada forma de um animal.
No solo poeirento, algumas maravilhosas peças despertavam o interesse de todos pela inconteste beleza contida nos seus mínimos detalhes. O jovem autista escultor – sim, ele era autista – demonstrava possuir um grande conhecimento da anatomia corpórea do animal que ele esculpia. Deve-se dizer que ele era um exímio escultor que se dedicava em esculpir animais – dentre eles o cavalo, o alvo principal, o seu modelo preferido!
Ao seu lado, para um senhor que, de há muito, apreciava, à distância, o seu trabalho. Ao se aproximar do menino, questiona-o:
-Você é muito jovem, e isso me leva a crer que não tenha a mesma formação acadêmica que eu para executar tão belas obras de arte. Como consegue, com tanta sensibilidade e maestria, esculpir – com todos os mínimos detalhes da anatomia animal – estas suas belas obras?
- É muito simples – dissera o autista artista menino – eu pego o tronco e vou desbastando-o... desbastando-o... e retirando dele tudo aquilo que não for cavalo. Não sendo cavalo, vai para o lixo. Então, tudo aquilo que do tronco restar, um lindo e majestoso cavalo será!
Parte I:
“A ciência acredita que nós estamos num universo que tem um formato cilíndrico em função da curvatura do espaço”. Até então, esta teoria era considerada única. Hoje, há uma suspeita que não é tanto assim. Mas se acredita que estamos num universo que tem a forma cilíndrica em função da curvatura do espaço que é, apenas, mais um dos universos possíveis. A física quântica – que será a dominante a partir de agora – não trabalha mais com a noção de Universo, mas com a noção de Multiverso – vários outros Universos – ‘a saltitarem vadios pela imensidão do éter!’(*)
‘Depois de muitas réplicas e tréplicas, teses, antíteses para se chegar à síntese da criação do universo’ (*), a ciência acredita que o universo apareceu há aproximadamente 15 bilhões de anos para uns; 18 bilhões de anos para outros. E, entre os 13/14 bilhões, (chegou-se à síntese(*): O universo (com a explosão, o Big Bang) surgiu há 15 bilhões de anos!” O éter – que nós chamamos de Céu e que vemos hoje – é o Céu de 4 anos passados. ‘Está batido o martelo!’(*) (Dr. Mário Sérgio Cortella – Professor e palestrante)
Estamos, pois, vivendo em uma minúscula galáxia – a Via Láctea – tendo como regente uma minúscula estrela de 5ª grandeza em torno da qual orbitam minúsculos planetas – dentre eles, a Terra, o nosso mundo. Separando-nos, temos uns ‘míseros’ 150 milhões de quilômetros que faz a luz da estrela/mor (o nosso Sol) se atrasar na sua chegada à Terra em uns ‘lerdos e pachorrentos’ 8 minutos.
Mas é neste ínfimo átimo grão de poeira cósmica – ao qual chamamos de Planeta Terra – o local onde existe a vida vegetal e animal, como nós as conhecemos. Regendo a vida neste ‘átimo grão de poeira cósmica’ há o ‘gigantesco homem’ que – na sua plenitude e grandeza (maior mesmo que o Multiverso) – ousa dizer: -“Aquele que não vive para servir a mim, não serve para viver”. E assenhorando-se das sábias palavras extraídas do texto Bíblico ele extrapola com seu imensurável egocentrismo ao proferir: - “Sou a imagem e semelhança de Deus.” (Devo dizer que discordo – rir e ressorrir fazem parte da minha crítica – ao feroz e egocêntrico bicho homem. Mas essa é outra história!)
Indo mais além na sua parva egolatria, o tolo animal – que alardeia ser a imagem e semelhança de Deus – diz para aqueles aos quais arvora serem seus súditos:
-“Você sabe com quem está falando?”
Indago: - Será que o prepotente homem já imaginou a pequenez da sua “grandeza” – se somada à sua egocêntrica empáfia – sendo comparada ao pequeníssimo tamanho do universo no qual ele vegeta? Será que ele já se imaginou o quão pequeno é diante do verdadeiro Deus do qual ele apregoa ser, Dele, a sua imagem e semelhança? Tenho as minhas sérias dúvidas – seríssimas e imensuráveis dúvidas!
Hoje, estamos em guerra constante contra uma ínfima forma de vida bem menor que o “gigantesco e todo poderoso” (Sic!) bicho homem: o Covid-19. E esse ínfimo ser veio mostrar para o ‘poderosíssimo’ (Sic!) bicho homem que ele não sabe, sequer, onde está o próprio nariz, a marca do orifício umbilical – ou, nem mesmo, pasmem – o ato da lavagem das próprias mãos!
Epílogo:
...A frondosa árvore o provia de uma fresca sombra. Nas mãos, o Covid-19 portava o Divino Amor. Era esta, a sua única e elementar ferramenta. Ele, com maestria singular a manipulava, aparando as arestas que se excediam no bicho que ele portava. Queria dar a este a forma desejada à escultura – a de um racional animal: um ser humano!
Ao seu lado, algumas lindas peças despertavam o interesse de todos pela inconteste beleza dos seus mínimos detalhes. O jovem escultor autista Covid-19 – sim, ele era autista – demonstrava possuir um grande conhecimento da divinal anatomia do animal que ele esculpia. Contudo, deve-se repetir que ele era um exímio escultor que se dedicava à sua arte em esculpir animais, sendo o bicho homem o seu animal preferido.
Ao seu lado para o prepotente bicho homem que, de há muito apreciava, à distância, o seu trabalho. Aproximando-se do autista Covid-19, questiona-o:
- Você é muito jovem, e isso me leva a crer que não tenha a mesma formação acadêmica que eu, para executar tão belas obras de arte. Como consegue, com tanta sensibilidade e maestria, esculpir – com todos os mínimos detalhes da divina anatomia humana – estas suas tão belas obras? Se você fosse uma reencarnação do mago Michelangelo, por certo tocaria com a sua ferramenta a sua obra e diria: - Por que não falas?
- Senhor, é muito simples – dissera o autista artista Covid-19 – eu pego o bicho homem e vou desbastando-o, desbastando-o..., e dele vou retirando tudo aquilo que não for inerente ao ser humano. Retiro, pois: o egoísmo, ódio, rancores, preconceitos, avareza, prepotência, arrogância e a desonestidade – bem como – a sua imensurável mania de egocêntrica grandeza. Então, tudo aquilo que não prestar – por não ser bom para o ser humano – mando-os para o lixo. Portanto – tudo aquilo que do animal/homem restar – será um novo e lindo ser humano que surgirá!
**************
(*) Adendos sublinhados inseridos ao texto pelo autor!
Prólogo:
...A frondosa árvore o provia de uma fresca sombra. Ali era o seu atelier. Nas mãos, o menino portava um canivete. Era esta a sua única e rudimentar ferramenta. Ele – com maestria singular – o manipulava, aparando as arestas que excediam no tronco para, a este vir a dar a forma desejada. Queria que este madeiro fosse prover à escultura a sonhada forma de um animal.
No solo poeirento, algumas maravilhosas peças despertavam o interesse de todos pela inconteste beleza contida nos seus mínimos detalhes. O jovem autista escultor – sim, ele era autista – demonstrava possuir um grande conhecimento da anatomia corpórea do animal que ele esculpia. Deve-se dizer que ele era um exímio escultor que se dedicava em esculpir animais – dentre eles o cavalo, o alvo principal, o seu modelo preferido!
Ao seu lado, para um senhor que, de há muito, apreciava, à distância, o seu trabalho. Ao se aproximar do menino, questiona-o:
-Você é muito jovem, e isso me leva a crer que não tenha a mesma formação acadêmica que eu para executar tão belas obras de arte. Como consegue, com tanta sensibilidade e maestria, esculpir – com todos os mínimos detalhes da anatomia animal – estas suas belas obras?
- É muito simples – dissera o autista artista menino – eu pego o tronco e vou desbastando-o... desbastando-o... e retirando dele tudo aquilo que não for cavalo. Não sendo cavalo, vai para o lixo. Então, tudo aquilo que do tronco restar, um lindo e majestoso cavalo será!
Parte I:
“A ciência acredita que nós estamos num universo que tem um formato cilíndrico em função da curvatura do espaço”. Até então, esta teoria era considerada única. Hoje, há uma suspeita que não é tanto assim. Mas se acredita que estamos num universo que tem a forma cilíndrica em função da curvatura do espaço que é, apenas, mais um dos universos possíveis. A física quântica – que será a dominante a partir de agora – não trabalha mais com a noção de Universo, mas com a noção de Multiverso – vários outros Universos – ‘a saltitarem vadios pela imensidão do éter!’(*)
‘Depois de muitas réplicas e tréplicas, teses, antíteses para se chegar à síntese da criação do universo’ (*), a ciência acredita que o universo apareceu há aproximadamente 15 bilhões de anos para uns; 18 bilhões de anos para outros. E, entre os 13/14 bilhões, (chegou-se à síntese(*): O universo (com a explosão, o Big Bang) surgiu há 15 bilhões de anos!” O éter – que nós chamamos de Céu e que vemos hoje – é o Céu de 4 anos passados. ‘Está batido o martelo!’(*) (Dr. Mário Sérgio Cortella – Professor e palestrante)
Estamos, pois, vivendo em uma minúscula galáxia – a Via Láctea – tendo como regente uma minúscula estrela de 5ª grandeza em torno da qual orbitam minúsculos planetas – dentre eles, a Terra, o nosso mundo. Separando-nos, temos uns ‘míseros’ 150 milhões de quilômetros que faz a luz da estrela/mor (o nosso Sol) se atrasar na sua chegada à Terra em uns ‘lerdos e pachorrentos’ 8 minutos.
Mas é neste ínfimo átimo grão de poeira cósmica – ao qual chamamos de Planeta Terra – o local onde existe a vida vegetal e animal, como nós as conhecemos. Regendo a vida neste ‘átimo grão de poeira cósmica’ há o ‘gigantesco homem’ que – na sua plenitude e grandeza (maior mesmo que o Multiverso) – ousa dizer: -“Aquele que não vive para servir a mim, não serve para viver”. E assenhorando-se das sábias palavras extraídas do texto Bíblico ele extrapola com seu imensurável egocentrismo ao proferir: - “Sou a imagem e semelhança de Deus.” (Devo dizer que discordo – rir e ressorrir fazem parte da minha crítica – ao feroz e egocêntrico bicho homem. Mas essa é outra história!)
Indo mais além na sua parva egolatria, o tolo animal – que alardeia ser a imagem e semelhança de Deus – diz para aqueles aos quais arvora serem seus súditos:
-“Você sabe com quem está falando?”
Indago: - Será que o prepotente homem já imaginou a pequenez da sua “grandeza” – se somada à sua egocêntrica empáfia – sendo comparada ao pequeníssimo tamanho do universo no qual ele vegeta? Será que ele já se imaginou o quão pequeno é diante do verdadeiro Deus do qual ele apregoa ser, Dele, a sua imagem e semelhança? Tenho as minhas sérias dúvidas – seríssimas e imensuráveis dúvidas!
Hoje, estamos em guerra constante contra uma ínfima forma de vida bem menor que o “gigantesco e todo poderoso” (Sic!) bicho homem: o Covid-19. E esse ínfimo ser veio mostrar para o ‘poderosíssimo’ (Sic!) bicho homem que ele não sabe, sequer, onde está o próprio nariz, a marca do orifício umbilical – ou, nem mesmo, pasmem – o ato da lavagem das próprias mãos!
Epílogo:
...A frondosa árvore o provia de uma fresca sombra. Nas mãos, o Covid-19 portava o Divino Amor. Era esta, a sua única e elementar ferramenta. Ele, com maestria singular a manipulava, aparando as arestas que se excediam no bicho que ele portava. Queria dar a este a forma desejada à escultura – a de um racional animal: um ser humano!
Ao seu lado, algumas lindas peças despertavam o interesse de todos pela inconteste beleza dos seus mínimos detalhes. O jovem escultor autista Covid-19 – sim, ele era autista – demonstrava possuir um grande conhecimento da divinal anatomia do animal que ele esculpia. Contudo, deve-se repetir que ele era um exímio escultor que se dedicava à sua arte em esculpir animais, sendo o bicho homem o seu animal preferido.
Ao seu lado para o prepotente bicho homem que, de há muito apreciava, à distância, o seu trabalho. Aproximando-se do autista Covid-19, questiona-o:
- Você é muito jovem, e isso me leva a crer que não tenha a mesma formação acadêmica que eu, para executar tão belas obras de arte. Como consegue, com tanta sensibilidade e maestria, esculpir – com todos os mínimos detalhes da divina anatomia humana – estas suas tão belas obras? Se você fosse uma reencarnação do mago Michelangelo, por certo tocaria com a sua ferramenta a sua obra e diria: - Por que não falas?
- Senhor, é muito simples – dissera o autista artista Covid-19 – eu pego o bicho homem e vou desbastando-o, desbastando-o..., e dele vou retirando tudo aquilo que não for inerente ao ser humano. Retiro, pois: o egoísmo, ódio, rancores, preconceitos, avareza, prepotência, arrogância e a desonestidade – bem como – a sua imensurável mania de egocêntrica grandeza. Então, tudo aquilo que não prestar – por não ser bom para o ser humano – mando-os para o lixo. Portanto – tudo aquilo que do animal/homem restar – será um novo e lindo ser humano que surgirá!
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(*) Adendos sublinhados inseridos ao texto pelo autor!
Altamiro Fernandes da Cruz