A Sombrinha Azul - BVIW

Ah, se pudesse escolher as linhas de várias espessuras e cores, e assim tecer com o mágico tear da imaginação o pôr do sol, as cores das brisas, o Amor e os sonhos e torná-los realidade, feito a “A Moça Tecelã”, conto, de Marina Colassanti.

Ponto por ponto as cenas simples e carinhosas do dia a dia e da misteriosa noite ganhariam vida, e ainda, esse pulsar inaudível da vida contida em objetos encanta-me, instigando - me a pensar em textos e nas possibilidades de escrita, como se as palavras e sensações estivessem, esperando serem colhidas. Lembrei-me da sombrinha a azul com amarelas estrelas - do -mar, deixada na calçada entre as flores de lavanda, esperando que um forte vento a levasse, ou talvez, permanecesse imóvel à espera da reciclagem.

Sobre a “Moça Tecelã” continua encantando e inspirando corajosas reflexões e atitudes... E se as linhas do coração, devido a tantas decepções perdessem o brilho e a capacidade de amar, de desejar e o AMOR INACABADO ficasse? Há àquele amor que se perdeu em um emaranhado de conflitos e as linhas que uniram dois corações se distanciam.

E quanto à sombrinha azul teceria para ela, um cantinho do mar e a deixaria na areia - e as estrelinhas às águas voltariam...