O pássaro
Treze dias atrás do pássaro. Maya era desonesta com sua razão. Despia-se. Toda manhã estava em sua varanda-das -memórias, nome dado por si mesma para o lugar de sua vergonha. Cinco pássaros. Não eram aqueles. Um canto, dois, quatro. Voavam todos felizes. Mais um dia sem seu pássaro. Houve fogo. Maya não escutava. Sofrê. Uma canto. Ele vai aparecer. Um canto, dois, quatro. Dois pássaros. Fogo! Maya, desça! Bem- te- vi. Um canto, dois. Sabiá. Dois cantos, três. Desça daí. Alguém? Por favor! Você está me escutando? Ma-ya, nã... Ma... Silêncio. Vento frio. Nenhum canto. Nenhum pássaro. Vôo curto. Nua no chão do asfalto.