UM POUCO DE JAPÃO - PARTE IV (cont. 2)

Criatividade (para consumo interno exportação global) + tecnologia (HQ, livros, filmes), tudo da cultura pop asiática seduz o Brasil - nosso mundo não suficiente, inventamos outros mais confortáveis, seja no idioma japonês ou coreano, personagens reinventados, HQ lidos da direita para a esquerda, trânsito do espaço virtual para o presencial, tudo possível no mundo encantado de mangás, animes, k-pop, cosplay e cultura geral oriental. O que seduz o leitor é poder ser várias personagens em única vida e as meninas se sentem bem fazendo colegiais bonitinhas, simples e não tão caras, sem resistir vestindo quase todas as personagens do anime "Love Live! Sunshine", interpretação não obrigatória e sem precisar ser o tempo todo, mas bom acontecer na hora de apresentações e fotos - mais de 50 personagens do mundo geek, como Harley Quinn, do "Esquadrão suicida", e do "Boa Hancock", do mangá "One piece". --- Mangás e animes impulsionam a cadeia produtiva, trazendo personagens e temáticas variadas, de curta ou longa variação, para todos os gostos, e cria evento presenciais, fãs ávidos pelo compartilhamento de saberes. Versatilidade do cosplay: garotinha fofinha, menino andrógino, mulher forte, homem másculo... qualquer pessoa que se identifique com um personagem. --- Em 2018, no show do grupo coreano "Blanc 7", de um curador e produtor de um dos maiores eventos da cultura pop oriental, o "Anime Friends" veio pela primeira vez, jovens brasileiros cantando e dançando o k-pop, cerca de 3 mil pessoas na frente do palco, letras decoradas em coreano. No Rio, primeira vez em julho/2017, escaladas atrações como o holograma da personagem Hatsune e show do Ultraman Heroes. --- Viagem no tempo/espaço até o imaginário. A curiosa exportação e aceitação da cultura pop oriental tem explicações. Ela é diferente, tem um clê lúdico/arquetípico com seus heróis maus e bons, e a utilização de elementos imaginários de outra realidade permitem brincar, divertindo sem machucar. --- A Coreia do Sul acolhe em torno de 800 mil visitantes anuais nos shows do grupo BTS, o nome mais popular do k-pop e em 2018 o sexteto movimentou US$3,6 bilhões. Quem quiser transportar o portal do mundo virtual para o presencial para eventos internacionais do Anime World e experimentar o mundo, assistir ao desfile da cosplay e dançar ao som ken-pop. É preciso transver o mundo.

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FONTE:

"Do virtual ao presencial, do mangá ao display", artigo de Karen Acioly e Roberta Pennafort - Rio,jornal O GLOBO,19/5/19.

F I M

Rubemar Alves
Enviado por Rubemar Alves em 05/06/2020
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