O Último Chá
Velha xicara de porcelana, desgastada e vazia.
Tinha pétalas brancas pintadas em um Fundo vermelho como um tapete persa, folhinhas verdes nas bordas e um quebradinho de um dia que caiu da mesa e como um milagre escapou.
Conversas, Amores, desabafos e choros, de tudo tinha visto.
Serviu chás, cafés e licores disfarçados, mas agora, foi o último gole, Amargo. Viu o corpo caído do lado e se lamentou, sem perspectiva, sentenciada, ficaria para sempre no canto da prateleira das coisas não usadas, julgada por assassinar quem um dia com muito amor à criou.