SEMPRE TE CONSIDEREI UMA BATALHA.

Tu fazias minhas veias pulsarem de adrenalina, meu coração suar e aquela antecedência ansiosa de te encontrar, de mergulhar de cabeça.
Sabe aquela vontade masoquista de lutar, de se sacrificar por alguém? Eu derramaria todo meu sangue por ti e até morreria – coração continuaria batendo: tum tum, tum tum, tu tu, tum tum.
Eu travava tua guerra e sei que tu me provocavas porque sabia que eu tinha coragem. Levei tuas balas e resisti como um colete posto à prova. Rasguei-me com tuas lâminas e ardi no teu fogo.
Lutei até o meu último suor verter dos meus poros, mas, infelizmente, meu corpo exausto não era páreo para as tuas investidas.
Eu desabei antes mesmo de te alcançar. Tiro no peito. Uma linda rosa de sangue desabrochando, cravando seus espinhos sem misericórdia. Não conhecia teu território tão bem quanto achava que conhecia.
Perdi-te. Perdi tua batalha. Morri na guerra de nós. Tiro no peito. Direto no coração, o qual sempre achei que fosse tua casa.
Mas, mesmo com suas paredes se tornando ruínas, ele continua batendo: tum tum, tu tu, tum tum.
Marina Solé Pagot – 17 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 23/04/2020
Reeditado em 23/04/2020
Código do texto: T6926093
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